30 de março de 2010

O triunfo é o coroamento do esforço da suprema dedicação.

O triunfo é propriamente dito como o resultado do profundo empenho a que o ser humano se dedica para obter aquilo que veementemente deseja conquistar na vida. O triunfo é o coroamento do esforço da suprema dedicação.

O verdadeiro triunfo sempre produz resultados duradouros; é aquele que dota o homem de maior capacidade para servir e ampliar sua ação benfazeja. Devemos triunfar sempre como seres superiores, eqüitativos, justos e construtivos.

A humanidade atribui muitos sentidos à palavra triunfo: desde o galanteador que triunfa sobre seus rivais para conquistar sua namorada, outros, na conquista de grandes honrarias e vitórias conseguidas pelos grandes generais e marechais das guerras, até os cientistas, cujas descobertas podem trazer e, freqüentemente trazem, grandes benefícios à humanidade. Esta lista de exemplos de triunfos poderia se estender exaustivamente.

Ocorre triunfo ilusório quando a criatura oprime seus semelhantes, causando-lhes aflição e sofrimento para alimentar a vaidade ou o sentimento de poder que muitos se orgulham egoisticamente de ter. Trata-se, na verdade, de verdadeira derrota.

O bom triunfo é aquele obtido com esforço, dedicação e garra em quase todas as atividades da vida, onde a competitividade é regra geral. Assim é num concurso, numa polêmica, num vestibular, em que triunfa quem consegue superar todos os outros. Aqui está em jogo, na disputa ou competição, a capacidade de cada um. Esta é a boa luta, o bom combate, que estimula o vencedor a alcançar novas e diferentes vitórias. Assim, triunfar é ser vitorioso em seus projetos.

Erra aquele que pensa que triunfar é apenas alcançar uma determinada meta e nela estacionar, comemorando os louros da vitória. Uma meta nunca é a final; diante dela há outras e mais outras, isto é, vários degraus que no conjunto estão a exigir da criatura a continuidade de novos cuidados e esforços. É o caso dos profissionais liberais que têm que atualizar seus conhecimentos, reciclá-los constantemente para acompanhar o progresso das ciências e das técnicas, especializando-se sempre para melhor exercer seus misteres.

Acerta aquele que considera o triunfo como realização do que se propôs a alcançar, sem arrefecer a disposição e o interesse de continuar triunfando sempre que as sucessivas metas vão se modificando. Tal ação caracteriza a persistência. Com este conceito em mente, triunfar é lutar, vencer e progredir.

Para um melhor triunfo é preciso conhecermos a nós mesmos, nossa constituição, nossas potencialidades, nossos atributos, nosso modo de ser e atuar, enfim, termos plena confiança em nossa capacidade de realização. O triunfo depende da criteriosa utilização de tudo isso. Nossas reservas são incomensuráveis e a força espiritual, inesgotável. Para triunfar basta conscientizar-se que as ações que a criatura empreende são dignas, isto é, que atendem a um propósito elevado, que o sucesso e a vitória virão com certeza.

Há muitos exemplos na História de muitos povos de pessoas que, depois de terem passado por fracassos e mais fracassos, reagiram com sua forte força de vontade, invocaram suas potencialidades latentes e acabaram por triunfar. Mesmo assim, o triunfo de muitos só é reconhecido muito após a sua morte, por futuras gerações.

Um triunfo construído apenas sobre coisas e bens materiais é efêmero; o dinheiro ganho com esforço físico e mental, com persistência, pode nos dar o pão, mas não alimenta o nosso espírito que continua faminto de conhecimentos e saber. Ou seja, a personalidade e seus atributos não se desenvolvem apenas com dinheiro, honrarias e distinções, mas requer a participação da consciência, vontade e conhecimento.

O desenvolvimento de nossa personalidade, de nosso “eu consciente”, tem que ser obra de nós mesmos. É preciso moldar o caráter, para que ele seja glorioso e não humilhante, magnífico e não repulsivo, superior e não inferior. Para isso, precisamos investigar com seriedade o que somos, o que desejamos, o que necessitamos, de onde viemos, para onde vamos. É necessário que estabeleçamos parâmetros de aferição e comparação, onde o pensamento racional sobreponha-se ao pensamento emocional e místico. É necessário que corrijamos nossas falhas, que esmiucemos tudo, que analisemos criticamente cada pormenor, que revigoremos nossas virtudes, enfim, que pautemos nossa vida segundo os princípios morais e cristãos.

Se assim procedermos, o triunfo e o sucesso serão comuns, naturais, em tudo a que viermos fazer e empreender. Nossas vidas se enriquecerão e ganharão sempre mais vigor, mesmo quando na velhice, o corpo começar a dar sinais que está desgastado. E, então, você verá que valeu a pena viver!

Do Livro Reflexões Sobre os Sentimentos