A verdadeira vida é
espiritual, porque todos somos espíritos, inclusive a Força Criadora. A vida
material é passageira, e serve, apenas, para ajudar a promover a evolução do
espírito até um certo grau; daí por diante, ele não precisa mais da matéria
para prosseguir na sua rota ascendente.
Para que o
desenvolvimento espiritual se processe normalmente, é indispensável que se siga
por uma linha condizente, se trace uma norma de vida pautada por princípios
cristãos, e se delibere proceder corretamente ou, melhor, de acordo com aquele
plano previamente elaborado nas regiões dos mundos de luz.
Andar pelo caminho da espiritualidade é, pois, obedecer às
leis naturais estabelecidas para a evolução do espírito, é pôr em prática, em
cada instante, aqueles atos que se impõem pela sua natureza purificante,
moralizadora e construtiva.
Todo ser humano
normal tem consciência do bem e do mal, do justo e do injusto, do que é correto
e do incorreto. Há uma linha de separação entre os dois procedimentos, que se
poderia considerar da esquerda e da direita, e ninguém vem ao mundo operar o
seu progresso espiritual que não saiba distinguir, com os recursos próprios, a
diferença destoante entre um caminho e o outro.
No reino animal
inferior essa consciência não está devidamente despertada, mas, no reino animal
superior ou hominal, ela está presente desde a primeira encarnação. A partícula
da Inteligência Universal então se emancipa e assume a responsabilidade do
governo próprio, ou seja, a faculdade do uso do livre-arbítrio, da qual não
poderia fazer emprego acertado se não tivesse a consciência adequada e
suficientemente despertada.
Se assim não fosse, poder-se-ia
admitir uma falha ou lacuna no planejamento da administração astral superior, o
que seria um absurdo. Em verdade essa consciência está convenientemente
alertada, para não descambar para o caminho da esquerda, se o da direita for
considerado o caminho da espiritualidade.
Os que se degeneram,
degradam, arruínam, agem conscientemente, ou partem de um estado inicial
consciente para depois se tornarem inconscientes, debaixo da influência
deletéria de vícios, gozos materiais anestesiantes e fluidos perturbadores do
astral inferior.
Em decorrência de um
melhor uso do livre-arbítrio, uns fazem a evolução espiritual muito mais
rapidamente do que outros, por onde se vê que há caminhos mais curtos para
atingir-se a meta, sendo esses os que mais se aproximam do rumo ideal, que é o
caminho da espiritualidade.
Quanto mais
espiritualizados forem os princípios norteadores da vida, tanto mais depressa
serão alcançados os objetivos por todos aspirados, que se resumem na felicidade
permanente, que só existe nos planos superiores.
Procurando
estabelecer um caminho, uma rota que conduza ao pleno estado de evolução,
forçoso se torna que cada um se disponha a enquadrar a sua conduta nos
postulados cristãos.
O Racionalismo
Cristão, no seu Código de Princípios, coordenou as linhas mestras dessa conduta
de maneira simples e acessível, para que sejam adotadas por todos aqueles que
realmente desejam viver vida nova, e candidatar-se a ingressar em um outro
plano mais elevado de evolução.
Do Livro A Felicidade Existe