Luiz
Thomaz nasceu em Portugal no dia 4 de agosto de 1871 e faleceu em 8 de dezembro
de 1931, no Brasil. Sem a preciosa ajuda de Luiz Thomaz, seu
destemido amigo e companheiro de lutas, talvez Luiz de Mattos não pudesse ter
levado a efeito a implantação do Racionalismo Cristão na Terra.
Enquanto Luiz de Mattos codificava e
burilava a parte cultural e teórica da Doutrina, facilitando sua compreensão e
aplicação na vida, Luiz Thomaz desenvolvia eficiente ação prática,
solidificando as bases materiais, para garantir a independência do Racionalismo
Cristão.
A ambos deve a humanidade essa inesgotável
fonte de esclarecimento e saber, que se sintetiza na doutrina racionalista
cristã, porque os dois se completavam na integração de um só ideal, de uma
única estrutura, de uma perfeita realização.
Luiz de Mattos e Luiz Thomaz simbolizam os
heróis da alma lusa, cuja aura sempre recobriu o Brasil na majestosa seqüência
dos fatos históricos.
Ambos, desde longa data, irmanados nos
mesmos propósitos, nunca recuaram diante das dificuldades, na inabalável
resolução de cumprir os planos e projetos que haviam traçado espiritualmente.
Luiz Thomaz manteve-se exemplarmente na sua
missão, ora predicando com a fortaleza dos seus conhecimentos, ora preparando
fundos para a manutenção da Doutrina. Soube aplicar, com notável perícia, na
vida prática de negócios e na economia privada, as sábias e incomparáveis
lições que o Racionalismo Cristão ministra, colhendo, como prova do seu valor,
os mais auspiciosos resultados.
Forte,
enérgico, operoso, extremamente simples e controlado, desfrutou de plena
autoridade moral na corporificação de todos os seus atos, sempre comedidos e
seguros, angariando amizades e simpatias através de atitudes cativantes.
Renunciando às atrações terrenas, casado,
mas sem filhos, voltou-se, abnegadamente, para a Doutrina, e por ela lutou
estoicamente, dando o máximo de si, num aproveitamento completo das suas
energias e atividades.
Partiu deste mundo cinco anos depois do seu
companheiro de ideal, Luiz de Mattos, após cumprir a principal incumbência de
deixar amparado financeiramente o Racionalismo Cristão, que já por essa época
crescia, em número de estudiosos e praticantes dos seus princípios, a passos
agigantados.