13 de maio de 2010
Uma vida bem vivida, bem aproveitada, traz vantagens para o patrimônio espiritual, que nem sempre são percebidas.
O Racionalismo Cristão com seus Princípios esclarecedores espiritualiza a humanidade para construir um mundo melhor
O ser que se presta a ser um instrumento do bem é sempre um ser cordato, nobre, valoroso, à serviço da humanidade.
Reflexão, prudência e comedimento nos pensamentos e nas ações apontam caminhos seguros e evitam erros desnecessários.
O Racionalismo Cristão é uma Doutrina fácil de entender principalmente quando o estudioso é adepto da razão e bom senso
A finalidade do Racionalismo Cristão é esclarecer a humanidade, despertando-a para a vida real, é fazer com que ela se reconheça como Força e Matéria, ou seja, corpo e espírito, para poder caminhar com segurança e realizar a sua evolução neste mundo. A evolução, tanto a espiritual quanto a material, deve ser feita com mais segurança e, sobretudo, com a consciência do dever a cumprir, única maneira de serem felizes neste mundo de lutas em benefício do aprimoramento da espiritualidade.
O conhecimento e a prática da doutrina fazem um bem enorme ao corpo e ao espírito. Ela ensina a viver racionalmente, apontando o caminho que deve ser seguido, sem desvios. Claro que o ser humano encontra pela frente muitos obstáculos para dificultar-lhe a passagem. Se considerar, porém, que são necessários à evolução do espírito encarnado, enfrenta-os corajosamente e acaba por triunfar sobre eles.
O Racionalismo Cristão é uma Doutrina fácil de entender, principalmente quando o estudioso faz trabalhar o raciocínio para não a tornar complicada, sendo adepto da razão e bom senso. É a Doutrina uma fonte de ensinamentos sobre a vida espiritual de extraordinário valor. Ela orienta para evitar os desvios que tanto dificultam a marcha do progresso. A ignorância tem levado muitas criaturas à falência moral, porque não sabem equilibrar-se e vão-se deixando levar pela onda avassaladora dessa vida desregrada, dessa vida infeliz, dessa vida pobre de conhecimentos de si mesma. Por isso aconselhamos aos que vêm às nossas Casas que estudem, que não se limitem a ouvir e aceitar o que no momento lhes agrada, porque aliviou o seu sofrimento depois de recuperada a saúde, depois do espírito aliviado. Recuar é um crime: podem ter certeza de que aquele que se esclarece e recua e abandona aquilo que gratuitamente lhe pertenceu está arriscando a própria felicidade e até a própria vida. Por isso esclareçam-se, procurem viver uma vida sã, ver onde está a Verdade e aceitá-la tal qual a explanamos dentro de princípios de sã moral, de uma vida feliz, tranqüila, de uma consciência a toda prova, para que possam compreender que ela não é só de flores, de satisfações, de alegrias: é também de tristezas.
É necessário que todos saibam vivê-la dando valor ao que valor tem. Se é preciso sofrer, porque o sofrimento bateu à porta, sofra-se, mas com coragem, com valor, para vencê-lo. Se os momentos são de alegria, de satisfação, saibam também vivê-los, cultivando a felicidade dentro do possível, certos de que este mundo é cheio de altos e baixos, cheio de desilusões, de desgostos e de surpresas agradáveis e desagradáveis. Por isso a Doutrina aconselha a que todos se esclareçam e procurem acertar seus passos na vida lendo, estudando e aprendendo tudo que de bom ela lhes oferece graciosamente.
Luiz de Mattos Fundador do Racionalismo Cristão
A finalidade do Racionalismo Cristão é preparar os seres humanos para viver com dignidade, fazendo-os sentir que não vieram ao planeta por mero acaso.
O Racionalismo Cristão liberta os seres das algemas que prendem a humanidade escravizada a dogmas seculares. A doutrina racionalista cristã é profunda, bela, grandiosa, possibilitando hoje em dia o conhecimento da vida fora da matéria. Os que chegam para pesquisá-la, para estudar seus princípios, encontrarão tudo de que precisam, tanto nas obras editadas e explanações feitas por quem preside as reuniões realizadas nas diversas casas, como nas doutrinações no final das reuniões. Seus livros contêm um desdobramento doutrinário de critérios e conselhos espiritualistas que ensinam os seres humanos a caminhar com segurança pela estrada da vida, conhecendo-se como Força e Matéria, ou seja, corpo e espírito, pois de Força e Matéria são os compostos do Universo.
A humanidade será esclarecida, pois evolui em planeta bem materializado, ainda atrasado espiritualmente. Mas relevantes núcleos de racionalistas cristãos trabalham com denodo pela expansão da Doutrina. São seres que encarnaram prontos para ajudar a iluminar a escuridão espiritual em que a humanidade vive.
Ser racionalista cristão é compreender a vida em toda plenitude, em toda grandiosidade. São inúmeros os ensinamentos que transmitimos. Quem se dedica ao estudo da Doutrina encontra a felicidade relativa em seu viver. Lamentavelmente, a maioria das pessoas entende que ser feliz é usufruir dos prazeres da vida terrena, ter uma existência nababesca de riquezas e prazeres, enfim, de todas as fantasias que a matéria oferece. Muitas se afundam no abismo dos vícios, por não se conhecerem como Força e Matéria, por ignorarem as coisas sérias da vida.
O Racionalismo Cristão ensina que os espíritos desprendidos da matéria permanecem em seus mundos de estágio, que são de diversas categorias de evolução espiritual. Quando programam encarnar na Terra, vêm em plena lucidez cumprir deveres de evolução, trazendo planos bem definidos em seus mundos de origem, mas, influenciados pela materialidade terrena, não encontrando ambiente favorável nos lares a que chegam, esquecem-se completamente do que sejam como espíritos a impulsionar um corpo físico, perturbam-se e perdem uma oportunidade preciosa de progresso espiritual.
A finalidade do Racionalismo Cristão é preparar os seres humanos para viver com dignidade, fazendo-os sentir que não vieram ao planeta por mero acaso. Não! São espíritos transitando nas veredas terrenas, para evoluir através das lutas e dos sofrimentos, porque a vida na Terra é de lutas, de amarguras, de decepções. Muitos males são originados pelo desconhecimento da vida espiritual. Por isso, mostramos o caminho certo, cumprindo a finalidade de esclarecer a humanidade, apontando um horizonte de esperança, para que todos vivam melhor.
Doutrinação de Antônio Cottas
Colaboração requer desprendimento e boa vontade. Esse comportamento faz com que tudo comece, caminhe e termine de forma satisfatória.
O Racionalismo Cristão divulga ensinamentos espiritualistas, para que as pessoas tenham uma vida mais tranquila.
12 de maio de 2010
O trabalho, praticado com honestidade, lapida o caráter, enobrece as atitudes, desenvolve o fator confiança, revigora a força moral.
O trabalho, praticado com honestidade, lapida o caráter, enobrece as atitudes, desenvolve o fator confiança, revigora a força moral e torna o indivíduo respeitado no meio em que vive. É preciso ter amor ao trabalho, por ser ele um gerador de virtudes, um estimulante de iniciativas, um motivo de apreciação para os conviventes.
A religião da humanidade deveria ser a religião do trabalho, que, bem cultivada, bem compreendida e executada, daria ao mundo mais êxito na formação espiritual dos povos, isto por ser o trabalho uma fonte permanente de inspirações, pelo seu paralelismo com a vida.
O trabalho honesto, disciplinado, construtivo, proveitoso, é um dos lemas do Racionalismo Cristão, que vê nesse exercício um processo hábil de desenvolvimento da espiritualidade. Tudo quanto se fizer para promover o progresso espiritual, tem nessa Doutrina o mais completo e seguro apoio. Ao contrário disso, nenhum endosso moral pode ela emprestar ao fomento do mercantilismo religioso, à materialidade dos procedimentos provenientes da ausência da consciência espiritualizada.
O mundo não se salvará da desordem, da ruína moral, dos conchavos interesseiros, dos golpes da aventura, da exploração das massas, das guerras fratricidas geradas por países que se consideram cristãos, enquanto a espiritualidade não imperar no seio da humanidade, coisa que não têm podido realizar as religiões materialistas que se vangloriam dos seus milhões de adeptos.
Esse estado anormal do mundo tem por princípio o trabalho empregado no mau sentido, quando os seus agentes, em lugar de ajustá‑lo à organização sonora das vibrações Astrais, prefere, animalizadamente deixar‑se atrair pelo magnetismo terreno, tirar partido das confusões, locupletar‑se do alheio, sem que as entidades religiosas, mal preparadas espiritualmente, disponham de meios para pôr cobro a semelhante situação.
Falta nas religiões um Código de Princípios, em que apareça o trabalho colocado em primeiro plano, de modo que sintam todos os seus asseclas; a verdadeira importância da sua aplicação racional na vida.
Já que são contadas, por milhares, as seitas e religiões; já que se ufanam de possuir milhões de "ovelhas"; grande responsabilidade repousa sobre os seus dirigentes por não modificarem a orientação dessas almas pastoreadas, consentindo que continuem a corroborar com os que avaliam o sentido do trabalho.
O esforço tem de ser comum entre todos os que, sinceramente, almejam a transformação moral dos habitantes da Terra, os quais, no momento, estão entregues, na sua maioria, ao desregramento, fazendo do trabalho um meio de corrupção e desvirtuando‑o da sua verdadeira finalidade.
De bandeira desfraldada está o Racionalismo Cristão empenhado na campanha de moralização de hábitos e costumes, de recuperação do caráter defraudado, em que o trabalho honrado, eficiente, útil e prestimoso tenha a sua consagração devida e perene, na nova estruturação por que há de passar a humanidade, em dias que estão para chegar, com o advento desses Princípios.
Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era
À medida que o ser ascende na escala da evolução passa a seguir a voz da consciência cada vez mais nítida e imperativa.
À medida que o ser passa, de grau em grau, a subir a escala da evolução, vai se submetendo aos princípios da moral, deixando de fazer o que não convém, e passa a seguir a voz da consciência, cada vez mais nítida e imperativa.
O cerceio da liberdade é um bem, sempre que usado no sentido de conter o mal. E por mal se compreende tudo aquilo que contraria as boas normas de viver, pautadas pelas leis Supremas e Universais.
Todos devem, por isto, satisfazer‑se com a liberdade relativa que possuem, procurando viver uma existência controlada e pacífica. As leis foram criadas, precipuamente, para regular a liberdade, para impedir que qualquer um tome o freio dela e pratique o que quiser. Um mundo sem leis, seria um mundo selvagem. Logo, uma vez que as leis são indispensáveis, a liberdade tem de ser dosada e limitada nas suas manifestações.
Há um estado de elevação espiritual em que as leis terrenas seriam dispensáveis ao indivíduo, em virtude de tal equilíbrio moral já haver conquistado e tal poder de consciência adquirido. Para esse, essas leis poderiam ser consideradas como supérfluas, mas, já aí, ele obedece a outras leis, leis cósmicas, que se aplicam nos planos siderais e que precisam ser rigorosamente observadas, para que o Universo se mantenha na sua marcha normal: são as leis da espiritualidade.
Nessa circunstância, o anseio do ser é de tal forma consciente, que a sua liberdade de ação coincide, rigorosamente, com a necessidade, não havendo, pois, desejos contrariados, contenções ou limitações.
Enquanto, porém, estiverem os seres sujeitos à evolução terrena, precisam conformar‑se com a liberdade relativa que desfrutam. Ela será usufruída por cada pessoa, na medida do seu adiantamento espiritual, da sua capacidade de realização, do seu merecimento e das condições previstas para a sua evolução.
As esposas e mães têm a sua liberdade grandemente cerceada, mas em holocausto a uma missão dignificante. Do mesmo modo, as crianças têm a liberdade também limitada, em favor de uma melhor educação e maior estabilidade. Sem exceção, os chefes de família, no seu devotamento ao lar e ao trabalho, subjugam toda e qualquer idéia de liberdade que prejudique essa dedicação.
Assim, os seres em evolução na Terra só poderão alcançar uma parcela de liberdade no decorrer da existência, e deverão julgar‑se felizes por estarem sujeitos a essa restrição redentora, que opera em favor da coletividade e, particularmente, em benefício de cada um.
Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era
10 de maio de 2010
Palavras à uma jovem.
Nesse mar agitado, a vida de hoje, não é muito fácil um encontro entre nós. Aproveito a oportunidade para dirigir-lhe palavras que espero serem uma fonte de esclarecimento.
Não pense que vem, à baila, frase como esta: “no meu tempo, o noivo não tinha liberdade de sentar-se ao lado da eleita”. Nada disso! O mundo não pára e o progresso também. Meu tempo está muito longe do seu, o que não impede que, juntas, procuremos entendê-lo.
Agora, tudo é comum: esporte, estudo e trabalho. Acabou-se o tempo da separação de moças e rapazes por um tabique. A própria vivência moderna provoca, a cada instante, ocasiões de encontro.
Nenhum mal haverá nisso, se procurarem o verdadeiro sentido de tal aspecto. Tudo, na vida, tem seu lado bom, mas também o mau.
Sendo o homem e a mulher duas metades diferentes, mas complementares, devem mesmo viver juntos. Completando-se é que se entendem. Só assim formarão outro mundo mais feliz do que este.
O homem possui inteligência diferente da mulher. De um modo geral, esta é intuitiva, aquele, intelectual.
Enquanto o homem raciocina, a mulher sente. Mas sensibilidade e raciocínio são caminhos que levam à posse da verdade.
Os costumes atuais, portanto, podem facilitar uniões matrimoniais bem mais acertadas que as de outrora, se a escolha se fizer com critério.
A felicidade tão almejada se firmará no conhecimento e respeito mútuos. Uma clarividência anterior ao casamento evitará surpresas desagradáveis.
Conhecendo, em solteira, a psicologia masculina, a jovem não sonhará com o príncipe encantado que partilhe de todas as nuanças de sua sensibilidade e, depois de casada, não se julgará infeliz. A insistência em querer receber do esposo manifestações femininas pode criar um drama ao invés de cultivar harmonia.
Bem sei, minha querida jovem, que pôr em prática a aceitação do comportamento do homem na sua idade é uma prova dura, pois exige paciência e força de vontade. Mas não se esqueça de que só vence quem, realmente, deseja.
Fato idêntico se dará com o marido que escolher para esposa não a autêntica companheira, mas uma romântica.
O triunfo do casamento tem suas regras. Só se convive bem com o rosto descoberto. A vida em comum se reverte em benefício se houver sinceridade. E essa atingirá as raias da fidelidade, se cada cônjuge for rigoroso consigo mesmo, repudiando, no tribunal interior que se chama consciência, todas as pequenas farsas que não condizem com a pessoa digna.
O importante na vida é que os dois se conheçam para que se compreendam mutuamente e, compreendendo-se, encontrem o segredo da harmonia no lar.
Seu futuro esposo não será conquistado com artifícios, que facilmente caem, mas com franqueza e lealdade.
Tenha cuidado com seus ares e vestimentas. Empreste-lhes um aspecto de elegância e beleza, mas não um aspecto tentador. As audácias femininas é que provocam a audácia no homem.
Serão sinceras ou ingênuas as moças que afirmam nada de mal verem nos trajos provocantes? Será inteligente aquela que, depois de uma noite festiva, se julga com a consciência tranqüila, mas carrega a responsabilidade de faltas graves, cometidas por alguém por ela insinuado?
Defenda-se contra os assaltos que vêm de fora, mas também contra os de dentro. Os vícios se tornam tão dominadores quanto prejudiciais. Crie forças para combatê-los. O uso do cigarro, do álcool e dos esportes violentos causa males aos órgãos e mais depressa ao sistema nervoso. E você, minha jovem, não deseja ficar cansada de viver antes de ter vivido.
As amizades de hoje irão marcá-la para o resto da vida. Que poderão interessar-lhe as companhias duvidosas de moças e rapazes que não respeitam nem a si mesmos, que têm medo de ouvir em voz alta recordações duvidosas e sentimentos proibidos? As amizades marcadas pela beleza moral enriquecem porque, na espontaneidade das trocas, dão o melhor de cada um.
Não sei se você já pensou nisto: os professores não dão cultura, mas desenvolvem o gosto para conquistá-la. Cultura é trabalho puramente individual. Substitua as leituras de lata de lixo pelas que instruem. Você está no começo da vida e não precisa chafurdar na lama para conhecê-las. O livro que se obstina em mostrar o que não tem valor não é leitura para sua idade, porque pode arruinar-lhe a alma e tirar-lhe a indispensável confiança na vida.
Organize seus passeios, tenha a liberdade de organizar suas festinhas, de possuir amizades com autorização de seus pais, mas, antes, pense bem nas palavras deste nosso encontro para que espontaneamente saiba defender-se e progredir.
Do Livro Caminhos Certos de Olga Brandão
Urge que o progresso do mundo acate a necessidade de desenvolver sentimentos elevados no afã de um viver melhor.
Se o homem é um ser moral e vive num ambiente ético, todos os seus atos devem ter um índice de valor positivo ou negativo cujas conseqüências variam na razão direta.
O adulto com senso de responsabilidade se impõe deveres e cumpre-os por mais insignificantes que sejam; não procura inocentar as faltas com motivos fúteis; não mente aos outros nem a si mesmo; não graceja com coisas sérias.
Por tudo isso é impossível colocar os conflitos humanos no campo psicológico, banindo o fator moral.
O indivíduo só não assume a responsabilidade de seus desacertos nos casos dolorosos de ausência de sanidade mental.
Pouco adiantam os conselhos do psiquiatra, se o paciente não compreender que, despido de virtualidades, atrairá como um ímã soluções erradas para seus problemas. É difícil, não resta a menor dúvida, alcançar, numa situação embaraçosa, sentimentos nobres. Vive o homem numa densa atmosfera de vaidade e egoísmo proveniente de uma falsa educação de vários séculos. Mas a criatura esclarecida sabe colocar o consciente num plano superior ao do subconsciente e superar os tristes casos em que num momento de fraqueza se deixou envolver.
Urge que o progresso do mundo acate a necessidade do desenvolvimento de sentimentos elevados para que todos se compreendam e desfrutem uma vida melhor.
Nos conflitos matrimoniais que provocam a separação, por que não reconhecer a culpa de um dos cônjuges, ou a dos dois? Só assim haveria uma base para solucionar os casos por uma forma humana, sem parcelas de egoísmo, visando à estabilidade do lar e preservando o futuro dos filhos. Mas para isso é necessário adquirir forças capazes de atrair bons sentimentos como generosidade, espírito de tolerância e até mesmo comiseração.
Erram os que pensam que a amizade entre duas pessoas está na base de uma confiança absoluta. O ser humano, cuja força que o anima é partícula da Inteligência Universal, está sujeito às circunstâncias do meio e evidentemente seus conflitos são puramente morais, só tendo uma solução racional se houver um reconhecimento de culpa seguido de um ato de generosidade.
Para aqueles a quem falta a coragem de uma confidência, aqui vai um conselho, digo, fórmula que constitui belo símbolo de virtude: “Na Provença antiga, antes do acender das luzes na noite de Natal, apagavam-se os candeeiros. No pudor da escuridão, reconciliavam-se, com um beijo, aqueles que, no decorrer do ano, tinham sido apartados por desavenças”.
Do Livro Caminhos Certos de Olga Brandão Cordeiro de Almeida
Cresce em personalidade quando se procura esclarecer o verdadeiro sentido não só da liberdade como da autoridade.
7 de maio de 2010
A força de vontade é um recurso prodigioso. Um dom que se desenvolve, aos poucos, com perseverança, esforço e decisão.
A força de vontade é um recurso prodigioso, quando aplicada para o bem. Todos os que desejam espiritualizar‑se precisam cultivá‑la, com empenho, pois terão em suas mãos um grande poder para os ajudar e uma porta aberta para o sucesso. É um dom que se desenvolve, aos poucos, com perseverança, esforço e decisão. Tudo quanto venha a fazer parte do acervo espiritual, tem de ser obtido com muita abnegação e firmeza de propósitos, porquanto o que tem excepcional valor é difícil de conquistar‑se.
Todos terão de decidir‑se e desenvolver a força de vontade para o bem, porque sendo, como é, obrigatória a evolução, essa decisão terá de ser tomada mais cedo ou mais tarde, irrevogavelmente. Logo não há razão para retardar, inutilmente, a marcha ascensional da vida, quando as vantagens auferíveis pela espiritualização não se fazem esperar.
A força de vontade se impõe na repulsa a todas as tentações, e cada vez que ela supera um convite traiçoeiro, mais se fortifica, mais vigorosa se toma. Não há outro meio de fortalecê‑la, senão o, de entrar em combate contra os acenos convidativos do mal, oferecendo‑lhes tenaz resistência e subjugando‑os. De vitória em vitória, a força de vontade irá se constituindo em fortaleza inexpugnável.
Quem possui essa vontade pouco desenvolvida, ao invés de desanimar, deve valer‑se de todos os recursos morais para aumentá‑la, com a certeza de que está ao seu alcance, dentro de si, aguardando o momento para revelar‑se.
Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era
Espiritualismo é o movimento que conduz o ser humano ao aperfeiçoamento da sua natureza espiritual
Espiritualismo nem sempre quer dizer espiritualização, enquanto que a Doutrina Racionalista Cristã cuida, exclusivamente, da evolução humana, com seguro apoio no espiritualismo, por meio de ação prática, proveitosa e consciente.
Espiritualismo é o movimento que conduz o ser humano ao aperfeiçoamento da sua natureza espiritual, quando consegue reformar a sua diretriz na vida, enquadrando‑se nos padrões de uma conduta sã, limpa, apurada, tolerante, compreensiva e renunciante.
Muitos há que são espiritualistas, sem terem podido filiar‑se ao Racionalismo Cristão, por circunstâncias eventuais, mas seguem os seus preceitos de retidão e de caráter, e se sobressaem no mundo, pelas suas atuações elevadas e criteriosas.
Reconhecendo tal evidência, proclama o Racionalismo Cristão que não pretende que só os que estão alistados em suas fileiras sejam espiritualistas, mas todos aqueles que tiverem independência espiritual para aceitar os Princípios verdadeiramente cristãos, à luz da Verdade, pondo‑os em prática.
Pelas suas obras os conhecereis ‑ afirmou o grande Nazareno. Esta afirmativa tanto serve para assinalar os espiritualistas, como os que o aparentam ser e não são.
O Espiritualismo é revelado muito mais por obras do que por palavras; e neste caso, quando se diz obras diz‑se ação bem intencionada, procedimento modelar nas horas difíceis, conduta superior no desempenho das responsabilidades.
Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era
A verdade está em toda parte, mas para chegar a conclusões acertadas é necessário analisar os fatos.
Neste mundo de ilusões e fantasias, onde a Verdade tem que ser procurada, predominam as falsas aparências, o que é quimérico, passando o indivíduo a viver no mar tumultuoso da dúvida e incerteza.
Ninguém pode conhecer toda a Verdade, por envolver ela a Ciência Total, em qualquer sentido, mas cada um pode conhecer parcelas importantes dela, na medida do seu entendimento, do seu saber, da sua capacidade espiritual de absorção.
O conhecimento da Verdade não é negado a ninguém que o procure, porque ela é o mais profundo manancial da Vida. Na marcha evolutiva todos vão ganhando, dia a dia, maior conhecimento da Verdade, na proporção do progresso espiritual que for manifestado.
O Racionalismo Cristão sendo, como é, uma Doutrina essencialmente espiritualista, expõe a Verdade claramente, sem subterfúgios, na divulgação dos seus ensinos. Alguns podem, de início, sentir‑se um pouco chocados com a dureza da realidade mas, diante da sinceridade dos argumentos, acabam se familiarizando com ela, e tornam‑se, por fim, fervorosos anelantes do seu conhecimento.
Diz‑se por aí que a Verdade nua e crua dói, quando é apontada, embora para fins corretivos. É assim, realmente. Mas essa dor é benéfica, cicatrizante, balsâmica, e vale a pena suportá‑la, pelo bem que faz.
Houve um tempo em que se acreditava que a Terra seria chata e que o Sol girava em seu redor. Quando a verdade resplandeceu mostrando que a Terra é quase esférica e gira em tomo do Sol, estabeleceu‑se pânico na igreja ditatorial da época. Era a Verdade contrariada e perseguida pela própria igreja!
A teoria verdadeira desse movimento, descoberta por Copérnico, foi condenada pelo "infalível" Papa Paulo V, que a declarou contrária ao texto das Escrituras Sagradas. Mais tarde Galileu, também baseado em estudos científicos, confirmou a Verdade demonstrada, anos antes, por Copérnico, e tão graves foram consideradas as suas declarações verdadeiras, que lhe valeram as maiores perseguições do clero dominante.
Em 1632, Galileu reuniu, num livro, todas as provas da Verdade encontradas no sistema de Copérnico e foi, por essa razão, condenado à fogueira pela "Santa Inquisição", só escapando desse martírio por sujeitar‑se a, de joelhos, abjurar, perante o Tribunal Inquisitorial, a sua pretendida "heresia"! Não contentes com isso, mantiveram‑no cativo, ou sob rigorosa vigilância, até o fim de sua existência terrena.
A vaidade é o último atributo negativo que o espírito humano renega em sua trajetória evolutiva.
A vaidade é uma das últimas falhas que abandonam o ser humano. Ela é terrivelmente enraizada no gênero humano. Há quem ostente a simplicidade pela vaidade de ser simples. A vaidade esconde‑se, traiçoeiramente, nos recônditos da alma, e os seus tentáculos se aprofundam de forma desconhecida. Por isso nada deve ser feito ou dito que alimente esse inimigo perigoso, quando não se sabe se está inteiramente morto.
Na medida do esclarecimento, o indivíduo toma ciência do que vale, conhece‑se a si mesmo e se acanha de ser elogiado, de passar pelo que não é, de ver alguém atribuir‑lhe virtudes que talvez não possua e privilégios que lhe pareçam estar acima dos seus merecimentos.
Há certas ocasiões em que o louvor pode ser aplicado como um estímulo, como reconhecimento de uma ação meritória, como meio de encorajar e realçar o exemplo, mas é preciso cuidado para não baratear o elogio, não desvalorizá‑lo, não se o empregando bajulatória e inexpressivamente.
Quanto mais espiritualizado for o ser, menos elogios deseja receber porque os estímulos e os encorajamentos lhe vão sendo desnecessários, cumpre o seu dever de maneira consciente e da melhor forma possível, sabendo que é sua obrigação proceder da melhor maneira possível, que não faz favor nenhum e, portanto, não precisa ser aplaudido.
A falsa modéstia é outra forma errada de agir, pois com ela o que às vezes se procura é a contestação, para provocar o elogio.
Nesta demonstração faz‑se o alertamento para que se abram os olhos da alma e se reflita sobre o assunto que constitui um ponto importante nos exercícios mentais de espiritualização.
A gratidão
A gratidão é um gesto afetuoso de demonstrar reconhecimento pelo favor ou atenção recebidos. O sentimento de gratidão é um dos elevados valores da alma. Uma criatura grata e reconhecida, atesta sentimentos apurados, compreensão humana; emociona‑se com a bondade alheia, tem em alta conta o sentido da solidariedade e está sempre pronta a seguir o exemplo daqueles que se fazem, espontaneamente, credores de reconhecimento.
Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era
A infidelidade se manifesta no indivíduo desprovido de sãos princípios e de sólida moral.
Grave débito é o contraído pela infidelidade, especialmente quando é conjugal. No sentido amplo do vocábulo, infidelidade é o ato de ser infiel. A criatura pode ser infiel faltando com a palavra, traindo o seu amigo, usando de hipocrisia, murmurando falsidades, dando falso testemunho.
A infidelidade se manifesta no indivíduo desprovido de sãos princípios e de sólida moral. Ela é praticada intencionalmente, sabendo a criatura o mal que está fazendo. Trata‑se, portanto, de maldade consciente. O mal praticado fria e deliberadamente, carrega consigo todas as agravantes da culpabilidade.
Os que não têm sequer noções ‑ e são muitos ‑ de como se processa a vida fora da matéria, entregam‑se à infidelidade, apoiados ou no falso perdão, ou na incredulidade das conseqüências futuras. Ora ‑ dizem ‑ se tudo acaba aqui na Terra, vamos aproveitar todas as vantagens que ela oferece, enquanto é tempo, pouco importando os meios, conquanto se consigam os fins.
Pensando dessa forma, e assim agindo, é que se vêm formando no astral inferior, com a desencarnação sucessiva desses infelizes delinqüentes, as numerosas falanges de perturbadores e obsessores.
Todo aquele que tenha sido infiel é um delinqüente, e está, implacavelmente, sujeito às sanções da lei de causa e efeito. As contas serão computadas no Plano Astral, e ajustadas ou cobradas aqui na Terra.
Tão grave é o crime da prevaricação, da infidelidade, que o próprio Jesus, embora tolerante, o admitia como razão suficiente para se desfazerem os laços matrimoniais. Ele não exigia, não impunha essa medida, mas reconhecia o demérito do descalabro.
Na realidade, o núcleo familiar não pode ser mantido sadio, tendo como seu integrante um elemento conspurcado, prostituído, moralmente aniquilado. A desgraça desce sobre o lar corrompido pelo adultério, e cabe ao cônjuge traído, proceder da maneira mais cristã possível, não agravando a situação dos filhos nem os expondo a um sofrimento maior. O futuro também deve ser preservado das conseqüências daquele mal, evitando‑se atitudes drásticas ou violentas, sempre prejudiciais.
Ninguém deve cuidar de aplicar penas para justiçar, porque essa competência é das leis eternas de causa e efeito, que agem no devido tempo, não para castigar, mas para corrigir, instruir e edificar.
A delinqüência poderá ser humanamente compreendida dentro do critério cristão, mas a compreensão não lava o crime, e depois dos laços rompidos ou esfacelados, não há mais meios de os recompor.
Há falhas de tal modo destruidoras, que na mesma encarnação em que se verificaram, não podem ser reparadas; está no caso a infidelidade conjugal, cujas conseqüências virão, fatalmente, nas existências seguintes. A delinqüência pela prevaricação faz uma série de vítimas, a partir do cônjuge atingido pela lama, passando pelos filhos, pelos parentes e indo alcançar os amigos da família.
Todos ficam abalados com o ferimento causado no seio da coletividade em que ele ocorreu, do mesmo modo que um veneno estende a sua ação maligna a todos os órgãos de um corpo. O adultério é um atentado contra a família, que é uma instituição básica, onde se forja o caráter do indivíduo, para o fortalecimento moral do país. Somente um louco, um cego proposital, um ignorante das coisas do espírito, é capaz de incorrer nesse funesto ato de violação.
As iniciativas quebram a rotina estagnante, para imprimir novas forças ao cenário da vida desenvolvendo atividades e encorajando novas ações humanas.
A iniciativa está intimamente ligada ao engenho criador de cada indivíduo. O espírito é a imagem da Força Criadora, e, portanto, tem em desenvolvimento os seus atributos criadores.
A iniciativa é um impulso da Força Criadora, latente na criatura, que se manifesta em cada indivíduo com maior ou menor intensidade, consoante o grau de afloramento dessa Força.
Os espíritos encarnados, faltos de iniciativa, não têm feito uso adequado, no pretérito, desse poder latente adormecido no seu “eu”, poder que, quando estimulado, incentiva o progresso, atua no seu desenvolvimento positivo, cria novas situações de bem‑estar, sempre que conduzido com elevação espiritual.
A iniciativa exige ação, movimento, intercâmbio e frutificação ‑ condição dinâmica imposta pela vida nas operações cotidianas ‑ pois o Universo não pára o seu movimento um só instante. Assim também a mente trabalha constantemente, apenas sendo necessário coordenar o seu trabalho, orientando‑o, dando‑lhe um salutar sentido e fazendo‑o convergir para as iniciativas.
A iniciativa promove a circulação dos bens, do dinheiro, das utilidades, das idéias, dos conhecimentos, das ilustrações e das leis da verdade libertadora. Reter a circulação dos bens, é dificultar a evolução espiritual. Cumpre observar a parte que a cada um toca na ação conjunta de movimentar a riqueza, seja ela material ou espiritual
Somente os dorminhocos não manifestam iniciativas. Estão, de algum modo, paralisados à margem do caminha da Vida, sem se aperceberem do cenário que passa e o tempo leva.
A iniciativa traz, não raro, aumento de encargos, maior trabalho, mais intensa atividade. Mas é sempre reconfortante vê‑la produzir os seus frutos e alcançar os objetivos em mira. A coroação de um êxito é uma vitória, e as vitórias fortalecem o espírito.
Os grandes empreendedores chegaram a ser o que são pela soma de vitórias alcançadas desde um passado remoto, reproduzidas numerosas vezes. Logo, é necessário que a criatura ponha em prática as suas iniciativas, sem cruzar os braços diante delas, mas impulsionando‑as, dando‑lhes vida e ação, sempre que a sua finalidade for ao bem comum.
A iniciativa bem planejada conta com probabilidade de sucesso, mas se uma ou outra não atingir o resultado esperado, não deve ser motivo de desânimo, pois as experiências também têm o seu preço. A arte de planejar depende dos recursos da experiência.
Na partilha das funções terrenas, cabe a cada um tomar iniciativas em ocasiões propícias, fazendo‑se, previamente, o necessário exame das conjunturas, para se verificar se a iniciativa é ou não viável. Não é necessário que se corram riscos demasiados, visto ser muito importante o fator segurança.
A ciência da Vida estabelece que as oportunidades que se apresentam devem ser aproveitadas, levando‑se em conta que muitas delas se revelam através das iniciativas.
A Natureza, com suas transformações, aponta uma sucessão de iniciativas reveladas no "eu" espiritual dos seres humanos. Tanto a Natureza, expressão máxima da Força Criadora, como a partícula dessa Força ¾ o espírito ¾ são produtores de iniciativas, cada qual na sua esfera de ação.
As iniciativas quebram a rotina estagnante, para imprimir novas forças ao cenário da vida, articulando esforços, desenvolvendo atividades e encorajando as operações humanas.
O espírito esclarecido está sempre pronto a dar de si o que tiver de melhor e, neste caso, convém conceder o devido apreço ao valor das iniciativas que ele possa produzir, desde que se volte para o lado nascente das realizações úteis.
A iniciativa deverá estribar‑se nos recursos da possibilidade, para que não se venha a dar o caso de se perderem numa inoportunidade, numa imprudência, os melhores impulsos renovadores.
Não é possível conceber a evolução, sem se reconhecer, por trás dela, acionando‑a, a mola da iniciativa. Muito se perde quando não se transmite à iniciativa o calor que ela precisa ter. Pela indolência, iniciativas de grande valor perdem a sua força realizadora.
A vida reclama um movimento dos valores concretos ou abstratos, como meio de fazer chegar ao alcance de todos os recursos adequados que cada alma aspira. Este desenrolar de atividades mais se acentua, com um maior fomento das iniciativas.
Seres de iniciativa são os que mais prosperam nas especialidades que escolheram. Em cada iniciativa que criam, nasce uma força que alimenta um novo campo de ação. Campos de ação são campos de cultivo, são áreas impregnadas de energia vital que, quanto mais extensas, mais prodigiosas se apresentam os seus resultados em favor da comunidade. Esta realidade tanto se enquadra na regência da matéria, como na do espírito.
Qualquer um demonstra ter alguma iniciativa, mas não é a iniciativa envolvida com atos rotineiros que se destaca; iniciativas como sinônimo de providências, são as que mais se acham ligadas às ações diárias. Um chamado do pronto‑socorro, por exemplo, é uma providência, mais do que uma iniciativa, que surge com a cena do momento. Não é essa espécie de iniciativa, adotada para um recurso imediato, que se deseja realçar neste tema.
A iniciativa pode tomar‑se fonte de inspiração para outras, não só objetivando o melhoramento da primeira, como dando origem a derivações da mais variada espécie. Por isso, a repercussão da primeira iniciativa pode perpetuar‑se de geração em geração, criando novas formas, diferentes aspectos e, de algum modo, promovendo a evolução.
Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era
6 de maio de 2010
A moral cristã é o poderoso sustentáculo da constituição da família ‑ núcleo respeitável que representa a pedra angular da espiritualização de um povo
Entende‑se por moral, no sentido amplo, a observância dos bons hábitos e costumes na vida humana de relação, em que sobressaem as atitudes de decência, honestidade, pudor, justiça e eqüidade.
Varia o conceito da moral entre os povos, segundo a tradição, o temperamento, a étnica, a posição geográfica e os fundamentos religiosos.
O que constitui preceito moral para uns, nem sempre está de acordo com o entendimento de outros, conforme aquela variação conceitual exposta. Como exemplo, vale citar o caso da poligamia, da existência de haréns, do senso acerca do nudismo e da mercantilização do casamento.
Os países cristãos têm a sua moral baseada nos ensinamentos de Jesus, denominada moral cristã.
Essa moral é seguida pelo Racionalismo Cristão, em toda a linha, por reconhecer nela que o respeito ao próximo, a igualdade de direitos e a ampla consagração fraterna, são esteios que se aprofundam na firmeza da justiça emanante, e na grandiosidade do amor espiritual.
A moral cristã é o poderoso sustentáculo da constituição da família ‑ núcleo respeitável que representa a pedra angular da espiritualização de um povo ‑ pois ali é que germinam as idéias sadias, os conselhos construtivos, as diretrizes da evolução.
Se o sentido da moral cristã fosse melhor compreendido e cumprido, a humanidade estaria desfrutando todas as dádivas espirituais cabíveis, e o mundo seria um pouso refrigerante para as almas encarnadas.
Para processar‑se a evolução dos seres, não seria preciso que a Terra oferecesse os amargurantes meios que se constatam, pela precária aplicação da moral cristã nos atos da vida. A evolução tem de efetuar‑se seja por bem ou por mal. Infelizmente, a humanidade prefere que seja por mal.
A moral cristã é a bandeira sob a qual devem perfilar‑se aqueles que realmente querem evoluir pelo caminho do bem.
Os estudiosos do Racionalismo Cristão têm a convicção de se haverem colocado sob essa bandeira, e fraternalmente acenam para os seus semelhantes, transviados ou não, para que se aproximem desse estandarte e assumam o compromisso de viver no rigor das normas espiritualistas da moral cristã.
Dizer‑se alguém cristão e permanecer contrariamente aos preceitos instituídos por Jesus, é proceder levianamente de maneira irresponsável, muito embora pretenda parecer um cavalheiro de respeitável aspecto. A sua verdadeira expressão será revelada no Plano Astral, onde não há meios de esconder‑se ou camuflar a realidade dos fatos.
A moral cristã está periclitante na coletividade humana, não obstante se vangloriarem os representantes das oito mil e tantas seitas existentes, dos numerosos asseclas que possuem, o que vem testemunhar a pouca ou nenhuma eficiência das mesmas, no âmbito espiritual.
Passe‑se uma vista de olhos pelos magnatas, pelos "tubarões" da economia popular, pelos que enriquecem da noite para o dia, pelos açambarcadores, pelos contrabandistas e especuladores de toda espécie, e veja‑se se não estão todos, ou quase todos, filiados, direta ou indiretamente, a uma das numerosas seitas ou religiões.
A tais indivíduos não interessa saber da moral cristã que estorva os seus planos inconfessáveis, a sua ânsia desenfreada de se aproveitarem da posição e da oportunidade.
É a falta de espiritualidade que domina o ambiente terreno, em que a grande maioria dos fiéis por conveniência, e de cristãos pró-forma, se entrega, de corpo e alma, à vida material desregrada, sem o menor respeito pela moral cristã.
Em algumas seitas ainda se vigia a conduta do ser pastoreado, mas noutras a liberdade é franca, ou as restrições são muito dilatadas. O resultado de tal frouxidão é fornecido pela imprensa diária, ao serem revelados escabrosos acontecimentos.
Grande é a responsabilidade daqueles que, ao se arvorarem em guias messiânicos, consentem que os seus guiados menosprezem os ensinos do Nazareno e salpiquem de lama os princípios da moral cristã.
É bem certo que para andar firme dentro desses princípios, muita renúncia há que se fazer, mas que importam as vantagens terrenas, se as espirituais são muito maiores? A criatura nada perde com seus atos de renúncia, porque esta vida no planeta é relativamente curta, enquanto que o patrimônio espiritual será desfrutado num período eterno.
Logo, vale a pena ser realista para compreender a verdade dos fatos e não se deixar levar pelo papel de tolo, como a criança que chora por um brinquedo ou um pedaço de doce, por não saber renunciar.
Uma das condições de conseguir‑se progresso espiritual, é saber renunciar, é não ter apego às coisas terrenas, pois assim é que se não cometerá o erro, a falta grave de assaltar ou corroer os bens alheios, dolosamente, para multiplicar os próprios.
A vida feliz, pujante, limpa, farta, esclarecida, plena de regozijos e satisfações, conseguida pelo esforço e elevação espiritual, é oferecida nos Planos Superiores, para onde terão de ir aqueles que lealmente fizeram boa aplicação dos Princípios da moral cristã.
Jesus, o grande Mestre não teria descido à Terra com tanto sacrifício e sofrimento, se não fosse para regalar os bem intencionados e propensos à retidão do caráter, com uma nova vida que merecesse ser disputada, com empenho, por meio da conduta irrepreensível ministrada pelos seus ensinos. Deu a todos a chave para essa conquista, que se encontra bem acondicionada no interior desses Princípios.
Não é outra a missão do Racionalismo Cristão senão favorecer espiritualmente aqueles que se sintam preparados para viver com dignidade, recusando riquezas materiais que não lhes venham às mãos por meios honestos e legítimos; aqueles que estejam dispostos a cerrar fileiras ao lado dos que defendem a instituição da família, com todo o ardor, aqueles, enfim, que desejam tomar posição defensiva contra todas as investidas perniciosas intentadas contra o patrimônio moral ou material da coletividade.
A moral cristã envolve tais dispositivos e alonga‑se em outros pormenores sempre avivados na consciência dos justos.
Tenha‑se em conta que o estabelecimento da moral cristã foi feito com o mais alto critério e implantado pelo Mestre de todos os Mestres. A obra que o Racionalismo Cristão faz hoje, seria desnecessária se não tivesse havido, desde o início da era cristã, o descaso daqueles que tinham o dever de sustentá‑la.
Hoje, após cerca de dois mil anos, as afirmativas racionalistas cristãs aí estão, ao alcance de todos, reproduzindo o que ficou esquecido no correr dos séculos passados, mas melhor apoiados, desta vez, os ensinos pelo Astral Superior, que a si tomou o encargo de manter na Terra a organização Redentorista Cristã, sediada no Rio de Janeiro, fonte inesgotável daqueles preciosos ensinamentos.
Com civismo, fraternalmente oferecendo as melhores contribuições espirituais aos dirigentes das Nações e à administração de todos os países, faz o Racionalismo Cristão, no âmbito internacional, trabalho silencioso e anônimo, como convém, em benefício da coletividade. Os seus esforços culminam no desejo de ver inculcados em todos os lares os princípios da moral cristã, na certeza de que, uma vez obtido esse resultado, no todo ou em grande parte, estarão assegurados os meios mais eficazes para se alcançar o alertamento dos seres para a vida espiritual.
Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era.
Evitar erros e praticar o bem, com ponderação e moderação nas atitudes e palavras, devem constituir o objetivo do ser humano
A dignidade dos povos está em sua civilização e nunca na desordem. A desordem jamais será favorável ao progresso humano.
Quando sentirdes que falha o vosso ânimo, que se enfraquece a vossa vontade e que um desânimo se apodera de vós, levantai bem alto o pensamento, desprendei-vos de tudo que na Terra vos possa perturbar e procurai dar ao espírito a paz de que ele carece para suportar as vicissitudes da vida.
Todos, neste mundo, têm os seus reveses; todos têm os seus sofrimentos; todos têm uma cruz a carregar. Para alguns, ela será leve, talvez, mas para outros será muito pesada, por motivo das dívidas espirituais adquiridas nas encarnações anteriores. Mas o dever de todos é carregá-la, sem revoltas, sem desânimos e sem vacilação.
Um espírito esclarecido e de vontade forte encara a vida como a vida é. Não espera senão aquilo que ela lhe pode oferecer neste mundo.
É ilusão, é engano, quererem as criaturas que a vida neste mundo seja de compensações e alegrias. Não é isso possível. Aqui estão para lutar, e toda a luta origina sofrimentos, mas estes devem ser vencidos ou atenuados, sem vacilação, com ânimo sempre forte e uma vontade férrea para o bem.
A vontade é tudo, quando a criatura a sabe manobrar para o bem.
O Racionalismo Cristão fortalece os espíritos. Um espírito fortalecido é um espírito vitorioso. Um espírito de vontade fraca, é um vencido.
Caminhem, pois, com passo firme e de fronte sempre levantada, não se deixem abater, porque o abatimento não faz parte do ser esclarecido; seja qual for o sofrimento, seja qual for a dor moral que venha a atingir um espírito esclarecido, ele deve tudo enfrentar e tudo vencer com sobranceria e com valor.
O mundo é dos fortes, mas não queremos referir-nos aos fortes do corpo, àqueles que têm musculatura desenvolvida, não; o mundo é daqueles que têm fortaleza e valor espiritual.
No Racionalismo Cristão não há, absolutamente, lugar para fraquezas; todos devem saber lutar, trabalhar; todos devem andar para a frente convictos de que da luta hão de sair vitoriosos.
O Racionalismo Cristão procura fazer compreender àqueles que às suas Casas vêm a necessidade que há de estudar, pensar e raciocinar, para saberem separar o joio do trigo, criar a sua personalidade espiritual para poder enfrentar as intempéries da vida, para poder compreender e solucionar os problemas que a própria vida oferece.
Observamos, porém, que há criaturas que se negam a raciocinar, que interpretam mal a Doutrina e até deturpam os ensinamentos aqui recebidos.
As nossas Casas abrem as suas portas para receber toda gente, sem exceção, de todas as classes sociais, e a todos é dado o trato que merecem, dentro das boas normas de educação.
Pugnamos pelo bem geral de todos, pela sua felicidade, irradiando sobre as criaturas força espiritual, ânimo e valor para poderem vencer na luta pela vida. Pugnamos sempre pela paz, porque só um espírito sereno pode estar lúcido para cumprir o seu dever. As revoltas, as palestras inflamadas, as discussões e as rebeliões só trazem perturbação ao espírito e, portanto, descontrole e avassalamento.
Uma criatura revoltada é, mais dia menos dia, uma avassalada. O Racionalismo Cristão nunca defendeu ideologias. Ele quer criaturas honestas e espiritualistas. Sempre aconselhamos àqueles que nos procuram que tenham cuidado, que estudem, que pensem bem, porque só pode haver progresso quando se vive em paz e harmonia, em todo mundo. Repugna aos espíritos a maneira como muitas criaturas inteligentes se conduzem, pensando que há segredos no mundo. Mais hoje mais amanhã, tudo é visto, tudo se sabe.
Todas as criaturas têm direito de progredir e de subir na vida, mas nunca por meio de revoltas, de distúrbios, de palestras inflamáveis contra a ordem.
Todas as criaturas são livres e podem pensar como entenderem; mas dentro do Racionalismo Cristão têm por obrigação raciocinar muitíssimo para que não cometam erros graves de que mais tarde podem se arrepender, e já será tarde demais.
A dignidade de um povo está na sua civilização, mas não e nunca na dissolução, na revolta e na desordem. A desordem traz confusão e não pode nunca ser favorável ao progresso.
Todos devem progredir espiritual e materialmente. E todo aquele que trabalha e possui noção da honra e do dever progride, invariavelmente, é feliz, e sente-se bem.
Do Livro Clássicos do Racionalismo Cristão