1 de abril de 2010

Uma das grandes virtudes que o ser humano deve alimentar, é o culto da prudência.

Uma das grandes virtudes que o ser humano deve alimentar, é o culto da prudência. Numerosos males poderiam ser evitados, se a prática da prudência prevalecesse, sempre, no seu melhor sentido.

Quantas vezes surge o arrependimento pelo fato de haver-se empregado uma expressão inadequada e imprudente, ou praticado um ato ofensivo ou prejudicial, pelo descuido havido no senso equilibrado da conduta.

Normas prudentes são todas aquelas que afinam pela ordem correta do procedimento; o indivíduo calmo e ponderado, está sempre agindo na faixa das vibrações que o habilitam a encontrar o caminho certo para as suas resoluções.

O nervosismo é o maior antagonista das soluções ponderadas, visto como, debaixo de uma tensão nervosa, ninguém pode assumir as rédeas do governo próprio, para impor aquelas medidas oportunas e sábias que deverão dominar a crise porventura manifestada.

Todos devem adquirir o hábito de agir com prudência em qualquer emergência, na certeza de que os obstáculos, por este meio, podem, com maiores probabilidades, ser transpostos. O ser é quanto mais sábio, mais prudente. Logo, a prudência é uma faceta da sabedoria, e todo indivíduo, pela sua condição de partícula da Inteligência Universal, é dotado de sabedoria, que precisará desenvolver em concomitância com a prudência.

Onde não há prudência, surge a precipitação e, com esta, o erro, a falha, a imprevisão. Soluções que requeiram meditação, ponderação e estudo, não deverão ser resolvidas na hora, apressadamente, pois as conseqüências poderão ser as mais nefastas.

Na escolha de um marido ou de uma esposa, a prudência deverá ter o seu lugar destacado. Dois seres que se unem para a vida, precisam conhecer-se bem e saber o grau de tolerância de cada um para suportar as falhas, removíveis ou não. Há pessoas que facilmente renunciam aos seus anseios em favor de outras, mas outras há que são irredutíveis.

A maioria dos desastres matrimoniais se dá pela precipitação. Deixam-se levar as criaturas pelas aparências físicas e superficiais, as quais pouco revelam da substância principal. A aparência física é quase tudo para o enamorado que se deixa submeter à voz do instinto, que é exigente, intolerante, egoísta, inconseqüente e clama por soluções precipitadas.

A prudência está na força do espírito, força que sacrifica o bem imediato e efêmero, quase sempre ilusório, pelo bem resguardado e eterno. A imprudência olha só o presente, enquanto a prudência examina o presente e penetra no futuro, por não lhe escapar a lei das conseqüências. É a lei de causa-e-efeito, que criou as normas da prudência. Ninguém quer sofrer, mas nem todos se lembram de que a falta de premeditação pode ocasionar os maiores sofrimentos.

Urge considerar a importância de levar-se a sério o valor da ponderação em todos os atos da vida. A cada passo, pode ficar a criatura envolvida por uma armadilha, na trajetória terrena; daí a necessidade de agir com cautela, sem precipitação, para que não venha a tornar-se vítima da falta de prudência.