3 de março de 2010

Não há privilegiados no processo evolutivo. Com sua conduta, com sua maneira de pensar e de agir corretamente, a pessoa adquire bem-estar espiritual

Nem todos compreendem a vida como gostaríamos que compreendessem. Quase sempre há grande dose de egoísmo e de vaidade a dominar o ser humano. O indivíduo egoísta e vaidoso só enxerga a sua pessoa, os seus interesses, só enxerga o que lhe agrada, aquilo que o satisfaz. Enfim, só vê o que lhe convém e nada mais.

Todos têm deveres a cumprir na Terra, pois a vida é a mesma para qualquer um, cheia de responsabilidades, cheia de obrigações. As facilidades que uns usufruem são provenientes da maneira correta e metódica de agir. As dificuldades que outros enfrentam são decorrentes da vida desregrada que levam, sem método, sem disciplina. Revoltam-se contra tudo e contra todos, não são tolerantes, não são compreensivos, não sabem viver. Então, há uma explicação para as queixas daqueles que vivem se lamuriando.

Não há privilegiados no processo evolutivo. Com sua conduta, com sua maneira de pensar e de agir corretamente, a pessoa adquire bem-estar espiritual e material, o que para muitos parece um privilégio, mas não é. Se procederem com acerto, se forem corretos e disciplinados, terão as compensações. Vivendo como muita gente vive, de modo leviano, não poderão ter senão o que semearem.

O trabalho é necessário, porque sem ele não pode haver equilíbrio espiritual. O ser indolente pensa no que não deve, torna-se um inútil. Todos devem trabalhar de acordo com suas vocações, procurando produzir. É produzindo que se tornam úteis e sentem-se realizados.

Portanto, repetimos, a vida é igual para toda gente. Saibam viver e, sobretudo, saibam pensar, pensar nos semelhantes como seres humanos, e não como inimigos, olhando as pessoas em torno de si como seres que estão neste mundo lutando, trabalhando e sofrendo igualmente. Não procurem neles somente defeitos, esquecendo suas qualidades. Tudo depende da maneira de viver e de compreender a vida. Por isso, não nos cansamos de ensinar aos que procuram nossas Casas a noção exata do viver, para que sejam compreensivos, para que se sintam realizados e vivam em paz.

Saibam, portanto, bem pensar. Deixem de ser egoístas, vaidosos, pretensiosos. Sejam simples, comedidos, corretos e sensatos no pensar e no agir, e todos serão felizes.

Luiz de Mattos