12 de maio de 2010

O trabalho, praticado com honestidade, lapida o caráter, enobrece as atitudes, desenvolve o fator confiança, revigora a força moral.

O trabalho, praticado com honestidade, lapida o caráter, enobrece as atitudes, desenvolve o fator confiança, revigora a força moral e torna o indivíduo respeitado no meio em que vive. É preciso ter amor ao trabalho, por ser ele um gerador de virtudes, um estimulante de iniciativas, um motivo de apreciação para os conviventes.

A religião da humanidade deveria ser a religião do trabalho, que, bem cultivada, bem compreendida e executada, daria ao mundo mais êxito na formação espiritual dos povos, isto por ser o trabalho uma fonte permanente de inspirações, pelo seu paralelismo com a vida.

O trabalho honesto, disciplinado, construtivo, proveitoso, é um dos lemas do Racionalismo Cristão, que vê nesse exercício um processo hábil de desenvolvimento da espiritualidade. Tudo quanto se fizer para promover o progresso espiritual, tem nessa Doutrina o mais completo e seguro apoio. Ao contrário disso, nenhum endosso moral pode ela emprestar ao fomento do mercantilismo religioso, à materialidade dos procedimentos provenientes da ausência da consciência espiritualizada.

O mundo não se salvará da desordem, da ruína moral, dos conchavos interesseiros, dos golpes da aventura, da exploração das massas, das guerras fratricidas geradas por países que se consideram cristãos, enquanto a espiritualidade não imperar no seio da humanidade, coisa que não têm podido realizar as religiões materialistas que se vangloriam dos seus milhões de adeptos.

Esse estado anormal do mundo tem por princípio o trabalho empregado no mau sentido, quando os seus agentes, em lugar de ajustá‑lo à organização sonora das vibrações Astrais, prefere, animalizadamente deixar‑se atrair pelo magnetismo terreno, tirar partido das confusões, locupletar‑se do alheio, sem que as entidades religiosas, mal preparadas espiritualmente, disponham de meios para pôr cobro a semelhante situação.

Falta nas religiões um Código de Princípios, em que apareça o trabalho colocado em primeiro plano, de modo que sintam todos os seus asseclas; a verdadeira importância da sua aplicação racional na vida.

Já que são contadas, por milhares, as seitas e religiões; já que se ufanam de possuir milhões de "ovelhas"; grande responsabilidade repousa sobre os seus dirigentes por não modificarem a orientação dessas almas pastoreadas, consentindo que continuem a corroborar com os que avaliam o sentido do trabalho.

O esforço tem de ser comum entre todos os que, sinceramente, almejam a transformação moral dos habitantes da Terra, os quais, no momento, estão entregues, na sua maioria, ao desregramento, fazendo do trabalho um meio de corrupção e desvirtuando‑o da sua verdadeira finalidade.

De bandeira desfraldada está o Racionalismo Cristão empenhado na campanha de moralização de hábitos e costumes, de recuperação do caráter defraudado, em que o trabalho honrado, eficiente, útil e prestimoso tenha a sua consagração devida e perene, na nova estruturação por que há de passar a humanidade, em dias que estão para chegar, com o advento desses Princípios.

Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era