7 de maio de 2010

A infidelidade se manifesta no indivíduo desprovido de sãos princípios e de sólida moral.

Grave débito é o contraído pela infidelidade, especialmente quando é conjugal. No sentido amplo do vocábulo, infidelidade é o ato de ser infiel. A criatura pode ser infiel faltando com a palavra, traindo o seu amigo, usando de hipocrisia, murmurando falsidades, dando falso testemunho.

A infidelidade se manifesta no indivíduo desprovido de sãos princípios e de sólida moral. Ela é praticada intencionalmente, sabendo a criatura o mal que está fazendo. Trata‑se, portanto, de maldade consciente. O mal praticado fria e deliberadamente, carrega consigo todas as agravantes da culpabilidade.

Os que não têm sequer noções ‑ e são muitos ‑ de como se processa a vida fora da matéria, entregam‑se à infidelidade, apoiados ou no falso perdão, ou na incredulidade das conseqüências futuras. Ora ‑ dizem ‑ se tudo acaba aqui na Terra, vamos aproveitar todas as vantagens que ela oferece, enquanto é tempo, pouco importando os meios, conquanto se consigam os fins.

Pensando dessa forma, e assim agindo, é que se vêm formando no astral inferior, com a desencarnação sucessiva desses infelizes delinqüentes, as numerosas falanges de perturbadores e obsessores.

Todo aquele que tenha sido infiel é um delinqüente, e está, implacavelmente, sujeito às sanções da lei de causa e efeito. As contas serão computadas no Plano Astral, e ajustadas ou cobradas aqui na Terra.

Tão grave é o crime da prevaricação, da infidelidade, que o próprio Jesus, embora tolerante, o admitia como razão suficiente para se desfazerem os laços matrimoniais. Ele não exigia, não impunha essa medida, mas reconhecia o demérito do descalabro.

Na realidade, o núcleo familiar não pode ser mantido sadio, tendo como seu integrante um elemento conspurcado, prostituído, moralmente aniquilado. A desgraça desce sobre o lar corrompido pelo adultério, e cabe ao cônjuge traído, proceder da maneira mais cristã possível, não agravando a situação dos filhos nem os expondo a um sofrimento maior. O futuro também deve ser preservado das conseqüências daquele mal, evitando‑se atitudes drásticas ou violentas, sempre prejudiciais.

Ninguém deve cuidar de aplicar penas para justiçar, porque essa competência é das leis eternas de causa e efeito, que agem no devido tempo, não para castigar, mas para corrigir, instruir e edificar.

A delinqüência poderá ser humanamente compreendida dentro do critério cristão, mas a compreensão não lava o crime, e depois dos laços rompidos ou esfacelados, não há mais meios de os recompor.

Há falhas de tal modo destruidoras, que na mesma encarnação em que se verificaram, não podem ser reparadas; está no caso a infidelidade conjugal, cujas conseqüências virão, fatalmente, nas existências seguintes. A delinqüência pela prevaricação faz uma série de vítimas, a partir do cônjuge atingido pela lama, passando pelos filhos, pelos parentes e indo alcançar os amigos da família.

Todos ficam abalados com o ferimento causado no seio da coletividade em que ele ocorreu, do mesmo modo que um veneno estende a sua ação maligna a todos os órgãos de um corpo. O adultério é um atentado contra a família, que é uma instituição básica, onde se forja o caráter do indivíduo, para o fortalecimento moral do país. Somente um louco, um cego proposital, um ignorante das coisas do espírito, é capaz de incorrer nesse funesto ato de violação.

A dialética animalesca procura justificar as incursões sensualistas delituosas, mas o faz embebida na sensação terrena de gozos impudentes. O Mestre máximo do Cristianismo esclareceu a mulher adúltera para que não prevaricasse mais, exigindo dela não o absurdo, mas o normal. Esse proceder normal é justamente o mesmo que todos têm o dever de sustentar, em qualquer circunstância, por constituir rotina da moral cristã.

Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era