12 de maio de 2010

À medida que o ser ascende na escala da evolução passa a seguir a voz da consciência cada vez mais nítida e imperativa.

À medida que o ser passa, de grau em grau, a subir a escala da evolução, vai se submetendo aos princípios da moral, deixando de fazer o que não convém, e passa a seguir a voz da consciência, cada vez mais nítida e imperativa.

O cerceio da liberdade é um bem, sempre que usado no sentido de conter o mal. E por mal se compreende tudo aquilo que contraria as boas normas de viver, pautadas pelas leis Supremas e Universais.

Todos devem, por isto, satisfazer‑se com a liberdade relativa que possuem, procurando viver uma existência controlada e pacífica. As leis foram criadas, precipuamente, para regular a liberdade, para impedir que qualquer um tome o freio dela e pratique o que quiser. Um mundo sem leis, seria um mundo selvagem. Logo, uma vez que as leis são indispensáveis, a liberdade tem de ser dosada e limitada nas suas manifestações.

Há um estado de elevação espiritual em que as leis terrenas seriam dispensáveis ao indivíduo, em virtude de tal equilíbrio moral já haver conquistado e tal poder de consciência adquirido. Para esse, essas leis poderiam ser consideradas como supérfluas, mas, já aí, ele obedece a outras leis, leis cósmicas, que se aplicam nos planos siderais e que precisam ser rigorosamente observadas, para que o Universo se mantenha na sua marcha normal: são as leis da espiritualidade.

Nessa circunstância, o anseio do ser é de tal forma consciente, que a sua liberdade de ação coincide, rigorosamente, com a necessidade, não havendo, pois, desejos contrariados, contenções ou limitações.

Enquanto, porém, estiverem os seres sujeitos à evolução terrena, precisam conformar‑se com a liberdade relativa que desfrutam. Ela será usufruída por cada pessoa, na medida do seu adiantamento espiritual, da sua capacidade de realização, do seu merecimento e das condições previstas para a sua evolução.

As esposas e mães têm a sua liberdade grandemente cerceada, mas em holocausto a uma missão dignificante. Do mesmo modo, as crianças têm a liberdade também limitada, em favor de uma melhor educação e maior estabilidade. Sem exceção, os chefes de família, no seu devotamento ao lar e ao trabalho, subjugam toda e qualquer idéia de liberdade que prejudique essa dedicação.

Assim, os seres em evolução na Terra só poderão alcançar uma parcela de liberdade no decorrer da existência, e deverão julgar‑se felizes por estarem sujeitos a essa restrição redentora, que opera em favor da coletividade e, particularmente, em benefício de cada um.

Do Livro Ao Encontro de Uma Nova Era