10 de abril de 2010

A Terra é um mundo escola para aprendizado, desenvolvimento e evolução dos seres humanos.

Os mundos de escolaridade são de natureza idêntica ao nosso planeta. A eles chegam, por tal razão, espíritos de várias classes para promover, entre si, o intercâmbio de conhecimentos intelectuais, morais e espirituais.

A Terra é um mundo de escolaridade em que as dezessete primeiras classes de uma série de mundos que promovem evolução, partindo da primeira e chegando à décima-sétima, em períodos que variam muito, de espírito para espírito, mas que se elevam, sempre, a milhares e milhares de anos.

Para a ascensão de uma classe a outra imediatamente superior, não existem privilégios nem proteções. O princípio de justiça funda-se na lei da igualdade. Todos têm de enfrentar idênticas dificuldades e chegar ao triunfo pelo próprio esforço.

O mau aproveitamento de uma encarnação resulta, inapelavelmente, na necessidade de repeti-la, tendo o espírito de passar pelas mesmas atribulações até conseguir dominar os vícios e as fraquezas e recuperar o tempo que perdeu.

Conforme está explicado no Capítulo 6 desta obra, quando no mundo que lhe é próprio tem o espírito conhecimento do que se passa nos mundos das classes inferiores à sua, mas ignora o que ocorre nas superiores.

Constatando, porém, as enormes vantagens da ascensão a classes mais elevadas, vive sob o incontido desejo de passar para a frente, a fim de alcançar novos conhecimentos e conquistar mais amplos atributos espirituais.

No mundo correspondente à sua classe, o espírito traça os planos para a nova encarnação que deseja, ardentemente, aproveitar ao máximo. Sua maior esperança é não perder tempo na Terra, não fracassar, não tornar inútil o sacrifício de encarnar.

Os espíritos das classes inferiores, especialmente os da primeira, encarnam sob a orientação de outros mais evoluídos. Esses espíritos são como as crianças que precisam de quem as acompanhe ao Jardim de Infância.

Nos mundos de escolaridade, as emoções fazem parte da vida cotidiana. Essa emoções são experimentadas, indistintamente, por todos os seus habitantes. Quando o homem se torna superior às sensações da pobreza e da fortuna que completam o quadro das referidas emoções, sim, o sentido da vida espiritual começa nele a despertar.

À medida que evolui, vai o espírito se tornando conhecedor das coisas do Espaço. Se na Terra tantoque aprender, muito mais, ainda, no Universo. A este, oferece campo o Espaço. O Universo, porém, representa a evolução em marcha.

Prendem-se umas às outras — como elos de uma corrente — estas três expressões: Espaço, Universo e Evolução. Pesquisar o Espaço, por isso, é estudar o Universo e reconhecer a Evolução.

um dever que a todos atinge por igual: Trabalhar para evoluir. Cada qual precisa ocupar o seu lugar e esforçar-se por dar conta das suas atribuições, certo de que tem no Espaço uma posição definida e insubstituível.

Milhões de espíritos encarnados no planeta sentem-se apreensivos por falta de uma bússola norteadora.

Se a que Jesus trouxe, há cerca de vinte séculos, não tivesse sido parcialmente desimantada pela ganância especuladora, muitos e muitos milhões de seres ainda encarnados teriam, há muito, concluído o curso na Terra, e estariam a exercer as suas atividades noutras regiões do Espaço. Tempo perdido não se recupera. É como as águas passadas que não movem moinhos.

Do Livro a Vida Fora da Matéria.