20 de abril de 2010

Os seres humanos não podem chegar a um resultado exato e definitivo sobre a complexidade de fenômenos relacionados ao pensamento

Inúmeras são as obras e os artigos que estudam o pensamento, analisando seus efeitos e procurando desenvolver nos homens a convicção de que, por seu intermédio, estarão em condições de realizar seus sonhos e desejos.

A força do pensamento, Poder da vontade, Vencer pelo pensamento, eis alguns dos títulos dos livros que, diversos bem salutares e encorajadores, incutem nas mentes dos que os lêem novas esperanças de sucesso e felicidade pela energia e confiança com que souberem dirigir seus pensamentos.

Entretanto, se esses livros se dedicam tão exaustivamente à elogiável tarefa de sacudir os indivíduos do letargo em que vivem e de lhes indicar um caminho seguro para o sucesso nas lutas diárias a que as contingências terrenas os obrigam, por outro lado, na maior parte das vezes, não se detêm no estudo do pensamento, ele próprio, da realidade de sua existência palpável, da sua ação irradiativa e dos fenômenos físicos e psíquicos a que está subordinado.

Esse estudo, essa discussão, essa análise das funções que envolvem os fenômenos físicos e psíquicos constituintes do pensamento é assunto para obras volumosas.

Na realidade nós, os humanos seres, não poderemos chegar a um resultado exato e definitivo sobre esta complexidade de fenômenos que se relacionam com o pensamento, pois o seu estudo abandona o terreno físico e avança ousadamente pelo plano astral, região essa que devemos penetrar com precaução e as devidas restrições.

Entretanto a Ciência caminha a um ritmo acelerado, dentro da relatividade dos assuntos terrenos, e as últimas teorias e hipóteses sobre a natureza da matéria, sobre a sua desagregação, exigem, paralelamente, a atenção dos sábios quanto aos fenômenos do plano astral. Sim, porque, evidentemente, há um elemento inteligente que rege e mantém em equilíbrio, todas essas leis que dirigem não somente o conhecimento da Ciência atual, como também tudo aquilo que essa mesma Ciência desconhece. E se os cientistas se eximirem de vaidade, hão de concluir, ante as maravilhas que têm descoberto ou antevisto, que os conhecimentos de existência real possuídos são realmente desprezíveis confrontados com a complexidade e amplitude daquilo que se não conhece, vislumbra ou antevê.

O penetrar pelo plano astral já nos deu o conhecimento de que no Universo tudo se resume basicamente nos princípios Força e Matéria. Quando dizemos Força não nos referimos à força tal como é estudada na Física, representando um produto de uma massa por uma aceleração. Força, para nós, é a Inteligência Universal, é o princípio animador da Matéria.

Dentro desses princípios naturais e imutáveis, deve o homem estudar-se.

No momento em que a criança nasce e dá o primeiro choro, encontra-se constituída dos três seguintes corpos:

a) corpo mental (Força);

b) corpo astral ou perispírito (Matéria fluídica);

c) corpo carnal (Matéria organizada composta).

Portanto, o ser encarnado possui em si dois princípios básicos componentes do Universo: Força e Matéria. Conseqüentemente deve saber viver, distintamente, as duas variações da Vida, a material e a espiritual.

O corpo mental é o agente vivo e inteligente que governa os outros dois corpos.

O corpo astral ou perispírito é o intermediário entre o corpo mental e o corpo carnal. Ele se liga ao corpo mental, partícula por partícula, por intermédio da vibração inteligente, que é contínua e ininterrupta.

O corpo carnal, esse corpo tão estudado pela Ciência Médica, apenas serve para fornecer ao espírito a oportunidade de travar as lutas, realizar os trabalhos, combater os defeitos, desenvolver as boas qualidades a que se dispôs antes de encarnar.

O Espírito (Força) ao encarnar vem do mundo a que pertence, mundo esse que se encontra deslocando, no espaço infinito, como deslocando-se está o planeta Terra, que é um planeta-escola.

Traz o Espírito, de seu mundo próprio, o seu corpo astral, imponderável aos sentidos físicos, constituídos de fluidos da atmosfera daquele mundo. Entretanto, no estado de encarnado, se não sabe viver racionalmente as duas vidas – a material e a espiritual – vai embrutecendo seu perispírito, seu corpo astral, vai tornando-o pesado, denso, pela introdução de fluidos da atmosfera da Terra.

Normalmente, pois, no corpo astral do homem, existem os fluidos que ele trouxe do seu mundo próprio e os fluidos absorvidos da atmosfera do planeta Terra.

Todos os fenômenos físicos se realizam por intermédio de vibrações, sonoras, caloríficas, luminosas etc.

Igualmente a Força (Espírito) produz suas manifestações por meio de vibrações. O pensamento, pois, que é uma manifestação da Força, dá origem a uma série de vibrações.

Ora, dissemos anteriormente que o corpo astral se liga ao corpo mental (Força) partícula por partícula, por intermédio da vibração inteligente, que é contínua e ininterrupta.

Portanto, conclui-se que as vibrações produzidas pelo pensamento atuam imediatamente na matéria fluídica do corpo intermediário.

Sob o impulso dessas vibrações o corpo astral lança para o exterior, para o espaço, uma porção vibrante de si próprio, vibração essa que toma uma forma determinada, conforme a natureza das referidas vibrações.

Assim sendo, o pensamento adquire uma forma definida e real, isto é, que não tem apenas existência virtual, e que existe como o livro que lemos existe, com a única diferença de que o livro tem uma densidade material capaz de torná-lo sensível aos sentidos físicos normais, enquanto que a imagem do pensamento é constituída de matéria fluídica.

Para fixar idéias, podemos avançar ainda e dizer que o pensamento é susceptível de ser fotografado e que experimentadores já obtiveram tais fotografias.

Resta, ainda dizer que, conforme a qualidade, natureza e precisão das vibrações produtoras das imagens do pensamento, são lançados no espaço ou fluidos do mundo próprio do espírito, ou fluidos da atmosfera da Terra que estavam impregnados no corpo astral, ou, finalmente, uma mescla de todos esses fluidos

A qualidade das vibrações define a cor das imagens do pensamento; a natureza determina sua forma, e a precisão delineia mais ou menos firmemente os contornos.

Há estudos e classificações quanto à cor, à forma e à precisão de contornos fornecidos pelos pensamentos.

Para finalizar este estudo ligeiro, afirmamos que pensamentos indecisos, medrosos, suplicantes, adoradores, são prenúncios da derrota do espírito, são caminho aberto ao fracasso e às desilusões.

Contrariamente, os pensamentos de audácia, desprendimento, valor, desprezo pelas envolventes e ambientes irradiações de ódio e inveja reinantes são a bússola que indica o rumo a seguir para alcançar o sucesso nos empreendimentos e a tranqüilidade de consciência.

Do Livro Trajetória Evolutiva