30 de abril de 2010

Os grandes espíritos que encarnaram neste mundo para auxiliar o progresso da grei humana, fizeram-no movidos pela ação consciente do dever.

Os grandes espíritos que encarnaram neste mundo para auxiliar o progresso da grei humana, fizeram-no movidos pela ação consciente do dever. Nunca para atender à vontade de quem quer que seja, e muito menos de um suposto pai celestial.

Na esfera espiritual nãopais nem filhos. O que há, o que existe, em verdade, é uma enorme comunhão de espíritos numa infinita graduação evolutiva, em que todos os serestodos, sem exceção — têm uma origem comum: a Força Criadora ou Inteligência Universal.

Nos mundos dispersos pelo Espaço, encontram-se — usando de reduzidos números para facilitar a compreensão humanamilhões e milhões de espíritos em cada plano de evolução.

Aqui mesmo na Terra têm encarnado, embora raramente, espíritos de evolução superior ao meio para auxiliarem a humanidade a progredir, sendo que inúmeros outros, do mesmo grau de evolução, estão desenvolvendo atividades espirituais em outras regiões do Universo.

Quanto mais adiantado o espírito, tanto maior o desejo que sente de auxiliar a evoluir o semelhante.

Daí a razão de submeter-se, voluntariamente, ao sacrifício de encarnar em mundos da espécie deste, quando a vida, nos planos correspondentes ao seu adiantamento, embora sempre trabalhosa, decorre num ambiente de incomparável bem-estar comum.

Negarem a Jesus o valor, o mérito de haver conquistado a sua evolução espiritual à custa de grandes lutas, de trabalhos, de sofrimentos, de desencarnações e reencarnações, atribuírem as qualidades, a nobreza, os altos atributos que possui esse grande espírito ao privilégio de uma suposta filiação divina, é erro grave que cometem, além de demonstração de lamentável ignorância relativamente à vida espiritual.

Quem demonstra maior valor, o líder que ascendeu ao posto com esforço e merecimento próprios, depois de haver vencido todas as etapas que o levaram à plenitude da experiência e do saber, ou o que foi singularmente colocado nessa posição, com fundamento na hierarquia de antepassados?

Os adoradores de Jesus classificam-no, obcecadamente, nesta segunda posição, influenciados pela concepção deísta. Para esses, o valor de tão admirável e evoluído espírito está mais na filiação ao hipotético deus-pai, do que nos seus próprios méritos, quando, na verdade, deve exclusivamente a si mesmo tudo quanto adquiriu e continua a adquirir para aumentar, mais ainda, os seus valiosos atributos espirituais.