3 de dezembro de 2011

A justiça está sempre do lado da razão, muito embora na Terra, pela imperfeição humana, nem sempre esses dois atributos andem juntos



Filial Cabo Frio do Racionalismo Cristão - Rio de Janeio

A justiça está sempre do lado da razão, muito embora na Terra, pela imperfeição humana, nem sempre esses dois atributos andem juntos. A imperfeição, porém, é temporária, ao passo que a perfeição habita os domínios da eternidade. Desse modo, a justiça e a razão pairam acima do que é efêmero ou passageiro, para projetar-se no campo eterno das fórmulas imperecíveis.

Todos querem ter razão, mas o que acontece é que nela interfere o interesse pessoal, que leva o indivíduo a forjar argumentos ditados pelo intelecto para sustentá-la, com ou sem ela.

A dificuldade está em a criatura poder ou saber colocar-se em plano elevado para apreciar daí, com isenção de ânimo e com justiça, os fundamentos da razão. Aqueles que estiverem em condições psíquicas de se impor por essa norma, mesmo contra os próprios interesses, podem estar certos de que possuem respeitável acervo espiritual.

A função dos juízes é dar razão a quem tem. Espinhosa tarefa porque, para bem desincumbir-se dela, é indispensável que possua aquele citado acervo, adquirido, por acumulação, no exercício do ofício, em numerosas encarnações.

A capacidade de vislumbrar a razão é inata no ser humano, e ela só não tem forma mais substanciosa na vida terrena em conseqüência das deformações do caráter.

O raciocínio lúcido e bem trabalhado, o ato perquiridor e a intenção sadia constituem um poder penetrante na área da razão.

O mundo precisa de homens que saibam dar razão com o prestígio do seu valor espiritual, para que a justiça se faça e o bem se espalhe sobre a Terra.

Cultivar, diariamente, o exercício da razão é um dever que a todos cabe e que tem de ser acatado e respeitado como uma das práticas cristãs do mais alto grau.

Não adianta ser cristão pro forma, só na palavra. Cristão é aquele que dá provas, por atos, da sua verdadeira condição de cristão, quando, entre outros predicados, se revela pelo uso da razão equilibrada, justa e enquadrada no bom senso.

Do Livro A Felicidade Existe - Obra do Racionalismo Cristão.