26 de setembro de 2011

Ter paciência é saber esperar, é não fazer as coisas sérias e úteis de afogadilho, às pressas, sem raciocinar




Ter paciência é saber esperar, é não fazer as coisas sérias e úteis de afogadilho, às pressas, sem raciocinar, porque não darão certo. Às vezes é necessário esperar dias, meses, quantas vezes anos. Para que os problemas possam ser enfrentados com segurança, é preciso que a pessoa se esclareça espiritualmente, e as dúvidas e incertezas da vida deixarão de existir.

Os seres humanos que lêem, que estudam, sabem que o cientista espera anos para concluir um trabalho, pois não faz suas experiências apressadamente. Ele quer ter certeza do que realiza. Então, os dias passam e, através da observação, da experiência profissional, chega a conclusões exatas. E, só aí, leva ao conhecimento do público o que executou, porque chegou o momento de revelar suas idéias, o seu trabalho. Assim devem fazer as pessoas de bom senso, porque todas têm deveres a cumprir. As mães, as avós, as donas-de-casa zelosas, por exemplo, têm suas tarefas e a elas se dedicam com perfeição e prazer. Homens e mulheres que comandam e executam trabalhos variados, dos mais simples aos mais complexos, precisam agir de igual forma.

Todas as pessoas, das mais modestas às mais preparadas intelectualmente, têm responsabilidades, trabalhos em mente, que podem levar a bom termo, se tiverem a atenção voltada para o que executam. Com a experiência adquirida nos anos vividos, e com paciência, tudo resolverão.

O racionalista cristão a serviço da Doutrina tem pela frente deveres a cumprir. Um deles é acolher bem os assistentes que comparecem às nossas Casas querendo aprender os ensinamentos que ouvem. O ambiente deve ser agradável, para que os presentes às sessões públicas de limpeza psíquica se beneficiem espiritualmente. Mas é vivendo no dia-a-dia que os seres vão pôr em prática as lições recebidas. Não se podem dizer desconhecedores dos porquês da vida os que prestam atenção ao que explanamos. O bom aluno assim age: faz questão de não perder o ano, de não perder tempo. O aluno que ouve, que está atento, quer pôr em prática o ensinamento que lhe foi ministrado. O Racionalismo Cristão dá aulas importantíssimas, pois é uma escola de vida, mas é necessário que a aprendizagem, o conhecimento se vá acumulando, para que o viver se torne menos áspero, mais suave e útil.

O ser humano não pode perder tempo, porque tem tarefas a executar. O espírito terá que voltar ao seu mundo de estágio, após a desencarnação, para programar novas jornadas com maior cabedal de conhecimentos. Para isso, o estudo da vida fora da matéria é necessário, mas voltamos a aconselhar que estudem com paciência, para serem úteis a si e ao semelhante.

É muito triste passar uma vida na inutilidade, e muitos neste mundo passam a encarnação sem saber viver. Dão cabeçadas, tropeçam, caem aqui, levantam-se ali. A Doutrina não quer seres caídos ou postos de lado. Quer vê-los atentos, confiantes, honestos, trabalhadores, capazes de vencer os próprios vícios, as próprias fraquezas, tornando-se exemplos perante a sociedade, exemplos de honestidade, de bom senso e de valor.

Portanto, procurem ter paciência, caminhem sempre de cabeça erguida, com o olhar sereno, a mente iluminada por bons pensamentos, para que possam ter boa assistência espiritual durante o dia e a noite. Quando o corpo repousa, o espírito ascende ao seu mundo e se fortalece. Todos devem conhecer essa realidade, todos devem dar importância maior à vida espiritual.

Luiz de Mattos