12 de abril de 2014

O esclarecimento espiritual ajuda os seres humanos a se conduzirem diante das visões distintas sobre as coisas da vida, porque lhes dá a compreensão de que são uma parcela inteligente da Força Criadora


Os seres humanos têm tendências, expressam características gravadas no corpo fluídico, revelam a bagagem espiritual acumulada ao longo de múltiplas existências na Terra. Ao demonstrarem emoções, sentimentos e hábitos peculiares, desenham a própria personalidade, que nada mais é do que a manifestação do nível espiritual de cada um.

Sendo os níveis de espiritualidade muito diferentes, há pessoas que conseguem resignar-se diante do sofrimento. Se umas são humildes o bastante para reconhecer que muito têm a aprender, outras são fraternas e solidárias. Todas elas são capazes de expressar amor espiritual verdadeiro aos semelhantes.

Por sua vez, muitos indivíduos ainda mostram forte tendência para o egoísmo, a vaidade e a prepotência. Esses quase sempre lutam por um poder ilusório, que só existe no mundo físico e leva à rigidez espiritual, à inflexibilidade, que determina as incompreensões, os conflitos, as competições, chegando ao absurdo das guerras, em que vidas humanas são ceifadas de maneira incompreensível.

O esclarecimento espiritual ajuda os seres humanos a se conduzirem diante das visões distintas sobre as coisas da vida, porque lhes dá a compreensão de que são uma parcela inteligente da Força Criadora, que possuem a faculdade do livre-arbítrio, pela qual fazem suas escolhas e se responsabilizam por elas.

Os esclarecidos reconhecem o poder da força do pensamento, sabem como essa força pode conduzi-los ao sucesso ou ao insucesso em seus empreendimentos. Ao eliminarem pensamentos místicos, deixam cair por terra o conceito do perdão, do milagre, do destino, pois nada disso é verdadeiro. É o espírito que, no mundo de estágio, traça sua trajetória na Terra, e nela faz suas escolhas. Por isso, sofre as consequências positivas ou negativas de acordo com o uso que der ao livre-arbítrio: voltado para o bem ou para o mal.

Resignar-se diante dos sofrimentos não é repetir, mecanicamente, que algo aconteceu porque Deus assim quis, mas enfrentar com valor e coragem todas as dificuldades, sem se desesperar, sem ideias pessimistas, sem se sentir vítima do mundo. Na maioria das vezes, quem sofre é vítima de si mesmo, vítima dos atos que pratica na encarnação presente ou praticou nas passadas.

Os sofrimentos não devem ser encarados como motivo para mortificações, mas como oportunidades de progresso espiritual, através da superação das amarguras, do remodelamento da personalidade, da eliminação de tendências negativas e de sentimentos inferiores que religam os seres encarnados a espíritos desencarnados quedados no astral inferior e transitoriamente por ele errantes, em razão da falta de esclarecimento, do mau uso do livre-arbítrio ou da má vibração de pensamentos. Por isso, os vícios devem ser evitados, por sua ação deletéria sobre o espírito e o corpo físico.

Os ilusórios prazeres terrenos são transitórios, não são a razão do viver.

Os seres humanos estão no mundo para lutar pela evolução espiritual, através do estudo de si mesmos, da prática do bem e dos atos de valor, de honradez, de honestidade, de sinceridade, de humildade e simplicidade, sempre apoiando aqueles que os cercam, respeitando os semelhantes, evitando fazer com o próximo aquilo que não gostariam que fizessem a si próprios. E assim, aproveitando a encarnação, irão evoluir espiritualmente. Quando retornarem ao mundo de estágio, terão a satisfação espiritual do dever cumprido.

Abram, então, suas mentes, eliminem as ideias preconcebidas e os preconceitos. Façam a limpeza psíquica em seus lares, para que possam raciocinar com clareza e afastar qualquer influência negativa. Terão um viver mais ameno, tudo podendo enfrentar com êxito. 


Humberto Rodrigues