30 de outubro de 2011

Dentre as muitas revelações que o espiritualismo tem apresentado, está a lei do retorno, ou de causa e efeito, cujo conhecimento é de importância capital.


                                          Filial Sorocaba São Paulo

Dentre as muitas revelações que o espiritualismo tem apresentado, está a lei do retorno, ou de causa e efeito, cujo conhecimento é de importância capital. Todos os atos praticados, nocivos ou benéficos, e as palavras emitidas, construtivas ou destrutivas, atingem o objetivo e produzem ação reflexa, volvendo ao ponto de partida.
Assim, num crime cometido contra um terceiro, há uma ação praticada; esta atingiu o seu fim, com a sua consumação; mais tarde, em ação retroativa, retorna ao agente, para completar o seu ciclo.
Afirmava Jesus: “quem semeia ventos, colhe tempestades”. Na ação de retorno, o mal ou o bem voltam sempre, muitas vezes, com cargas revigoradas. Note-se como se reproduzem as sementes; de uma que se plante nascem dezenas ou centenas; é a lei do retorno em ação.
O mesmo se dá com as palavras; elas são emitidas pelo pensamento, ativas e imantadas de energia, atingem o alvo com maior ou menor intensidade, conforme o calor com que foram proferidas ou projetadas, e as suas vibrações voltam ao ponto de origem, carregadas de novas energias, não raro, com o seu potencial de força aumentado.
Se as palavras forem de natureza construtiva e traduzirem coragem, ação, saúde, bondade e amor, conduzem cargas chamadas positivas, como positivas serão também as ondas vibratórias de retorno. Ao contrário, se as palavras proferidas forem destrutivas e estiverem saturadas de ódio, malquerença, perfídia, ingratidão e vingança, transportam cargas chamadas negativas, como negativas serão também as correntes vibratórias de retorno.
O Racionalismo Cristão chama a atenção para o fato de estabelecer-se, ao fazer-se mal ou bem a alguém, contato com esse ser e, pelo fio de conexão entre ambos, receber-se o reflexo da boa ou má ação praticada.
“Quem mal faz para si o faz”, ou “quem bem faz para si o faz”, são afirmações conhecidas na aprendizagem racionalista cristã. Essa é a verdade; isso é o que acontece. A lei do retorno não falha, por ser imutável como as demais leis que regem o Universo.
Por falta de conhecimento dessa lei, é que há tanto sofrimento no mundo. Ninguém, que esteja praticando o mal, pensa, por um só instante, que está sendo a maior vítima dessa mesma prática; que tudo quanto de ruim estiver desejando ao seu semelhante, lhe virá a acontecer, na ação de retorno.
Muitos sofrimentos atingem pessoas que a ela não deram motivos na presente encarnação, e os que nada conhecem de espiritualismo, começam a falar na ‘‘injustiça de Deus em castigar quem não merece”, etc., etc. Eis o mal de andarem os indivíduos às cegas, daí resultando, não poucas vezes, tornarem-se ateus, blasfemadores, desrespeitadores e descrentes na própria vida.
Pode o indivíduo estar movido, na encarnação atual, das melhores intenções, empenhado em não fazer mal a ninguém, e desejoso de manter-se em clima cordial, no trato com o próximo.
Isto prova que as lições do passado estão lhe valendo muito, que tem bem gravadas no subconsciente as experiências que a vida lhe proporcionou em existências pretéritas; mas não quer isso dizer que não tenha débitos contraídos, até mesmo em épocas remotas, ainda não resgatados, e que precisam ser liquidados e extintos para sempre.
Ocorre então, nesse caso, numa encarnação bem aproveitada, quando os dotes da bondade expressam a queima dos valores negativos e dos erros consumados em etapas longínquas, sem motivos aparentes, em se levando em conta apenas aquela existência corrente, o quadro dramático pode aparecer, assinalado de cores vivas e impressionantes. É o retorno de ações distantes que concluem o seu ciclo. O desfecho final com a conclusão do ciclo pode retardar, mas consuma-se, implacável e inapelavelmente.
É isso que está estabelecido nas leis universais, e não há ninguém que as possa alterar. A tola idéia de que “Deus concede perdões”, pretende, ingenuamente, destruir, modificar ou violar essas leis.
Os que conhecem espiritualismo não têm mais necessidade de andar às apalpadelas, adivinhando as coisas de ordem espiritual, sem conhecimento de causa, num mar trevoso, como é o ambiente materialista terreno.
Quem tiver a convicção de que a lei de causa e efeito, ou de retorno, é um fato indiscutível, por certo não irá cometer a leviandade de praticar um ato que lhe traga, depois, dores e sofrimentos.
Os que não admitem a realidade dessa lei, poderão explicar, por acaso, por que andam por aí a arrastar-se pelas ruas numerosos seres, na mais deplorável das condições físicas? Podem as religiões dizer alguma coisa sensata sobre isso? A única explicação possível é aquela que advêm do conhecimento da lei do retorno, na sua profundidade.
Muitos erram por viverem descuidada e despreocupadamente, em virtude de desconhecerem os correspondentes efeitos do erro, e pensarem que nada lhes acontecerá depois. Viram que outros erraram sem que mal algum aparente lhes tivesse acontecido, sempre presos à idéia restrita de que a vida é, apenas, o número de anos de uma encarnação.
Acontece que o tributo dos erros pode começar a ser cobrado na própria existência física em que foram cometidos, mas, na maioria das vezes, essa cobrança vem mais tarde, em encarnações futuras, no meio melhor escolhido ou preparado para produzir as reações recuperadoras.
Muitas criaturas custam a acreditar que o período de uma encarnação seja muito menor, por mera comparação, do que uma gota num copo d’água, em relação com a vida eterna.
Uma encarnação é um lapso quase insignificante na trajetória do espírito. Por isso os débitos não precisam ser resgatados em uma única existência física, quando todos terão milhares de vidas físicas ao seu dispor.
Há pessoas que passam toda a fase de uma encarnação praticando o mal, errando, ferindo, lesando o semelhante e desencarnando com um volume considerável de débitos. Que se poderia fazer depois com eles, sem a oportunidade de retornar ao mundo, em corpo físico, para se redimirem desses crimes, no cadinho da dor?
Aqui na Terra, e não no Plano Astral, é que se fecha o ciclo da lei do retorno; o faltoso é obrigado a reencarnar para ter a chave do fechamento desse ciclo.
Não adianta tentar fugir, procurar uma saída diferente, porque em vão encontrará a criatura outra solução para o seu caso que não seja a de reencarnar e suportar na carne todos os revides impostos pela lei de causa e efeito.
Só há um meio de escapar o indivíduo de ter de arcar com a carga de uma encarnação desventurada; é não proceder mal, não criar débitos, e semear boas ações para que, pela lei do retorno, receba os seus frutos de ótimo sabor, e com eles construa a sua felicidade.

Do Livro A Morte Não Interrompe a Vida

23 de outubro de 2011

A criatura tem na consciência o juiz dos seus atos. Quando pratica o mal, a consciência lhe dói, insurge-se e protesta.


A criatura tem na consciência o juiz dos seus atos. Quando pratica o mal, a consciência lhe dói, insurge-se e protesta. O indivíduo só está em paz com a sua consciência quando as suas ações afinam pelo comportamento correto, legal, em plena consonância com a moral cristã.
Acontece, porém, que, quando a criatura insiste em proceder mal, a consciência vai cada vez doendo menos, vai-se amortecendo o seu vigor moral, aos poucos perde a sensibilidade, a ponto de parecer que está morta. Os grandes criminosos têm a consciência insensível, sufocada, muda.
Ao contrário, quando o indivíduo se esforça para andar sempre pelo caminho do bem, consultando, a cada passo, a sua consciência, ela se torna sumamente sensível e se mantém nas melhores condições de receptividade para atender aos apelos que lhe são endereçados.
A consciência é uma faculdade espiritual de grande valor. Sem ela, seria impossível o gênero humano se conduzir. Só os animais inferiores e os criminosos inveterados agem inconscientemente.
O astral inferior está repleto de entes que não quiseram, quando encarnados, ouvir a voz da consciência, deixando-se empolgar pelos instintos que os levaram ao estado animalesco. Ninguém que tenha dado ouvidos à voz da consciência, no curso da sua existência terrena, passará pelo dissabor de estagiar, depois da desencarnação, nos antros pestíferos do astral inferior.
O ser ascende ao estado humano logo que adquire recursos para fazer bom uso do livre-arbítrio e para ouvir e respeitar a voz da consciência. Se todos bom proveito tirassem desses atributos, que se acham ao dispor de cada um para a solução dos problemas terrenos, a vida seria um permanente manancial de alegrias e satisfações.
A falta de consciência é revelada sempre que se constatam atos recriminatórios contrários às leis naturais, ao progresso, ao bem-estar coletivo. Ela aparece nos lares, no trato com os familiares, no trabalho externo, nas relações hierárquicas e, na vida pública, nos postos governamentais.
A desordem administrativa, o elevado custo de vida, a falta de assistência social, que tanto prejudicam a estabilidade dos encarnados, são fruto da irresponsabilidade, de ambições descontroladas, de desvios de energias, de desequilíbrio moral, e têm, como origem, o desprezo pela voz da consciência.
Ninguém diga que procedendo mal, agindo com incorreção, deslealdade e desonestidade não sabe que está errado; o indivíduo erra, conscientemente, na maioria dos casos, para beneficiar-se e dar satisfação a interesses subalternos e inferiores, que falam alto no seu interior.
A Força Criadora possui Consciência Absoluta e suas partículas componentes, como espíritos encarnados ou não, expressam-se pela consciência, como derivativo moral das condições espirituais. Viver, pois, de acordo com a aviventada consciência, é ajustar-se às leis que regem o Universo, as quais, quando unanimemente respeitadas, induzem ao equilíbrio em todas as funções.
Muitas vezes, por um dever de consciência, tem o indivíduo de agir contra os próprios interesses, mas nem por isso deve vacilar em dar o seu pronunciamento honrado, à custa de qualquer sacrifício. Desta vida terrena, o que se leva para o acervo espiritual são somente os feitos dignos e nobres que tenham servido de exemplos a outros para a manutenção da estrutura ideal dos hábitos e costumes e a efetivação de todos os princípios moralizadores.
Normalmente, o indivíduo que trabalha não o fará porque o chefe está exigindo; os alunos que estudam não o farão pelo temor de castigo; num como no outro caso o que deve imperar, acima de tudo, é a voz da consciência. O trabalhador e o aluno não precisam ser vigiados para que cumpram os seus deveres; cada qual tem de dar satisfação à sua consciência e, por isso, deve trabalhar e estudar conscientemente. Este o panorama correto da questão: todos precisam ter consciência das suas obrigações, e deverão executá-las tão bem como melhor puderem, independentemente das exigências de terceiros. Desse modo, se apura o senso da responsabilidade, que anda tão escasso no mundo.
No caminho da espiritualidade é a voz da consciência que deve ecoar, em todos os momentos, pois, se o desejo é o de acertar, não existe meio mais indicado do que atender ao sentido justo das coisas, com a interpretação pautada pelo bom-senso, pelo equilíbrio, pela razão.
A voz da consciência reflete sempre uma orientação superior, quando ela é realmente da consciência. Muito cuidado com as intuições do astral inferior. Analise-se, antes, a pureza das intenções, pois as forças inferiores, como todos sabem, não transpiram pureza. Não se queira atribuir à consciência resoluções despidas de grandeza moral.
A consciência não se educa, por ser a educação nela inata. A consciência revela-se através da alma, de forma cada vez mais apurada, na medida da evolução já alcançada. Esse apuramento decorre do fato de tornar-se a criatura, pelo processo evolutivo, com maior entendimento, mais capaz, mais esclarecida, mais consciente. A consciência dos fatos se dilata na proporção do aumento da capacidade individual e de conformidade com a modulação vibratória que se desenvolve, até sintonizar com a Consciência Absoluta.
Assim, a expansão do estado de consciência subordina-se ao progresso espiritual. Eis por que só no caminho da espiritualidade encontram os seres os meios eficazes para atingir os mais altos graus de consciência. A espiritualidade é sempre a base, o ponto de partida para toda e qualquer iniciativa que tenha por objetivo alcançar os páramos superiores de evolução.
Dá-se, deste modo, no Racionalismo Cristão, o maior relevo ao acatamento que se deva conferir à voz pura da consciência. O que se precisa educar, para ouvi-la e compreendê-la, são o raciocínio e a lógica. Somente no trato diário com as questões espiritualistas se chega a sentir o efeito harmonioso das deliberações que marcam diretrizes sob a influência estimulante da voz da consciência.
Esperemos que a humanidade possa, o quanto antes, dar mais valor aos ditames da consciência. A falta de lealdade de uns para com os outros tem sido a causa principal de se não consultarem os nobres preceitos da consciência. Em geral, não se cogita fazer o que melhor fala à razão, mas o que mais convém. No que mais convém estão, quase sempre, os interesses materialistas inferiores e o egoísmo, que procuram manter-se velados.
Não é correndo sofregamente atrás de riquezas terrenas para dar expansão aos desejos ocultos, de aspecto negativo, que alguém poderá despertar a consciência adormecida no íntimo de sua natureza. Aproxime-se cada um da sua consciência, vivendo com renúncia, com desprendimento, com elevação moral e o propósito salutar de algo produzir em favor da coletividade.
A consciência adormecida pode sempre ser despertada, desde que mudem as aspirações acalentadas, desde que se transforme o modo de entender e procurar a felicidade, desde que se tenha por finalidade buscar para o espírito os tesouros eternos que lhe têm de ser agregados. Isso não significa que os seres precisam despojar-se das riquezas terrenas; o uso dessas riquezas é que deve ser feito racionalmente, consoante a serventia que oferecem, sem permitir que obliterem o vigor da consciência. Nesse ato reside a sabedoria que deverá ornar a vida espiritual dos que se propõem a atravessar a existência terrena pelo caminho da espiritualidade.

Do Livro A Felicidade Existe do escritor Luiz de Souza

9 de outubro de 2011

O espiritualismo que se ensina no Racionalismo Cristão foi considerado por Luiz de Mattos a ciência das ciências.

O espiritualismo que se ensina no Racionalismo Cristão foi considerado por Luiz de Mattos a ciência das ciências. Uma ciência vasta, profunda e eclética. Usamos a segunda afirmação, embora não seja de nossa autoria, e, sim, do médico Antonio Pinheiro Guedes, porque tem razão de ser, ao se falar do assunto.

No mundo não há somente sábios nem somente analfabetos. Uns aprendem com mais facilidade, enquanto outros são mais lentos. Os seres verdadeiros, justos, moderados podem aprender um pouco todos os dias. Quando o indivíduo se torna moderado, muitas vezes se cala, para não acirrar os ânimos. Quando se torna justo, não admite que sejam cometidas injustiças contra o semelhante. Quando quer ser verdadeiro, repudia a mentira.

Então, os seres humanos honrados podem aprender muito, dentro de suas possibilidades. Temos certeza disso, porque na Casa-Chefe se ensina sempre. Nesta Casa dizemos o que precisam ouvir, para seu esclarecimento espiritual.

Os livros editados pelo Racionalismo Cristão estão ao alcance de qualquer um. Aconselhamos sua leitura. O ser estudioso não se detém no seu caminhar em busca do conhecimento. Desenvolve a inteligência, o tirocínio, as aptidões, quando de fato deseja desenvolvê-los.

"Conhece-te a ti mesmo", afirmava-se no passado, e o homem consciente tem por obrigação se conhecer como Força e Matéria, como corpo e alma, afirma o Racionalismo Cristão no presente.

Esperamos que os seres humanos tomem outro impulso no conhecimento da vida fora da matéria, para deixar de pedir proteções. Desejamos vê-los desenvolvendo seu trabalho com luta, ponderação, moderação, justiça e valor pessoal. Quando resolverem aceitar essa aprendizagem de todos os dias, serão pessoas honestas, no sentido amplo da palavra.

Muitos seres pensam que são honestos apenas os que pagam dívidas materiais. Deve-se pagar não só as dívidas materiais, para dessa forma se livrar da fama de mau pagador, como as espirituais, que serão obrigatoriamente pagas, mais cedo ou mais tarde. Podem considerar-se maus pagadores os que não conseguem saldar suas dívidas espirituais, pois não se esforçam para pagá-las. Deixam passar o tempo e não percebem que a desencarnação se aproxima. Quando o espírito que anima o corpo físico voltar ao seu mundo de estágio, verificará as dívidas acumuladas e se obrigará a nova encarnação, para resgatá-las.

A aprendizagem deve fazer parte da vida de todos. Ponham em prática o que aprenderem, dando bons exemplos. O aconselhamento servirá de estímulo nessa aprendizagem. Aprendam para ensinar.

Recomendamos que leiam outros livros além dos editados pelo Racionalismo Cristão. A boa leitura deve fazer parte do cotidiano, deve estar nas estantes dos estudiosos. Há indivíduos que apreciam leituras perniciosas, mas, quando resolvem pensar com elevação e agir bem, deixam de lado tudo que é nocivo e inútil. O homem tem que ser honesto em todo o seu viver, através do pensamento, da palavra, das ações.

Estamos em nossas Casas para esclarecer espiritualmente a humanidade e tirar das pessoas as cargas fluídicas negativas que acompanham muitas delas, por manter pensamentos doentios. Pensar bem é bem atrair. Os que pensam bem não têm junto de si espíritos inferiores, que intuem para o mal, que avassalam, que trazem e transmitem miasmas e doenças. A segurança do ser humano está no equilíbrio mental, no pensamento voltado para o bem, no modo de encarar a vida com honestidade e valor.

Assim sendo, aprendam e ponham em prática as lições.

Antonio Cottas

3 de outubro de 2011

Afirma-se que Jesus disse aos homens do seu tempo que se amassem uns aos outros.



Afirma-se que Jesus disse aos homens do seu tempo que se amassem uns aos outros. Os anos decorreram, os séculos passaram e, embora a humanidade repita essa frase, não faz uso dela. Está mais acostumada a matar os semelhantes do que a amá-los, do que a lhes querer bem.

Os fatos comprovam, a situação do mundo aí está demonstrando o que dizemos. Infelizmente, assim é. Os seres humanos com facilidade torturam, matam, sofrem e fazem sofrer. Na verdade se mostram pouco espiritualizados, pois quando irradiam o mal se tornam joguetes do astral inferior.

Quando chegarem à conclusão de que é através da luta pela vida, do sofrimento, de que é pelo esclarecimento que os espíritos se depuram, então sim, as criaturas irão amar-se mais. O Racionalismo Cristão ensina, esclarece, para que se elevem em sentimentos, para que se desculpem, se compreendam, avançando um pouco mais espiritualmente, para viverem melhor. Geralmente é o sofrimento que traz as pessoas ao Racionalismo Cristão. E, fiquem certos, a Doutrina irá ajudá-las a ultrapassarem os momentos difíceis da vida. Com o correr do tempo, irão compreendendo que precisam modificar-se em usos e costumes, que o pensamento deve estar voltado para coisas sérias, e não para o materialismo dissolvente e negativo.

É necessário que os seres se elevem, se transformem, que queiram acertar para evoluir. Os tempos passaram, os anos correram, doutrinas e religiões se formaram, mas, saibam, nenhuma delas ainda satisfaz os seres humanos, que vivem à procura de algo mais, algo que os conduza a uma vida melhor. Muitos, felizmente, já encontraram o caminho, já avançaram um pouco mais e chegaram às Casas Racionalistas Cristãs. Entre esses estão os que nos escutam. São poucos realmente, mas esses poucos podem se transformar em muitos no futuro, transmitindo a seus filhos, a seus netos e familiares estas idéias positivas, estas idéias esclarecedoras.

Muitas pessoas sonham demais, pensam que a vida é uma só, quando assim não acontece. O progresso se dá pelos tempos afora. O espírito, após uma encarnação, volta ao seu mundo e aqui retorna inúmeras vezes. Espíritos que já passaram por esta Doutrina voltarão à Terra, porque ainda precisam completar sua jornada evolutiva em mundo material.

Então, façam alguma coisa por si. Comecem já, para amanhã se tornarem seres humanos espiritualizados. Os que deixam de lado as misérias do mundo sentem repugnância sempre que têm uma arma na mão, nem que seja para examiná-la. Mais tarde, irão transmitir lições a seus filhos e a seus netos, para que não peguem em armas, não queiram andar armados, para que só usem a arma do pensamento, a arma da honradez e do valor. As outras armas, as que foram feitas para exterminar, são sempre prejudiciais, porque podem ser usadas em momentos de indecisão, de fraqueza, de avassalamento.

É preciso que os espíritos se encontrem, para haver um bem-querer maior, para que a amizade cresça entre as pessoas e situações desagradáveis nunca se avolumem. Os homens têm condições de se entenderem com os semelhantes pela compreensão mútua, pela palavra bem escrita e falada, para que se façam ouvir. É preciso que pensem, raciocinem, para só depois agirem.

Só depois de muito se espiritualizarem as criaturas poderão repetir as palavras de Jesus:- Amai-vos uns aos outros. Infelizmente, enquanto isso não suceder, os seres humanos estarão sempre em desassossego, estarão sempre de prevenção contra o próximo.

Estudem, para compreenderem a Doutrina na sua essência, sem misticismos. Nós não admitimos o misticismo, a adoração. Queremos os homens livres, senhores de si, de suas idéias, do seu comportamento, do seu valor.

Luiz de Mattos